Tensões geopolíticas podem afetar emergentes, mas Banco Central diz estar preparado para agir no câmbio

BC destaque que guerra impacta em especial a dinâmica dos preços internacionais das commodities e na volatilidade nos mercados

O teto de gastos é assunto também nos EUA, com o Tesouro alertando para um possível default - Foto: Inteligência Financeira/Unsplash
O teto de gastos é assunto também nos EUA, com o Tesouro alertando para um possível default - Foto: Inteligência Financeira/Unsplash

O Banco Central (BC) afirmou que o aumento de tensões geopolíticas contribuiu para a elevação de incertezas e a materialização de cenários extremos de reprecificação de ativos financeiros no mercado global pode levar a impacto significante sobre as economias emergentes. A autoridade monetária repetiu que segue preparada para atuar no câmbio caso seja necessário. A avaliação foi publicada na ata da última reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), divulgada nesta segunda-feira (7).

“A materialização de cenários extremos de reprecificação de ativos financeiros globais devido ao aperto monetário e riscos geopolíticos pode levar a impacto significante sobre economias emergentes. No período mais recente, o recrudescimento de tensões geopolíticas aumenta a incerteza acerca do cenário prospectivo da economia global”, disse o documento.

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De acordo com o BC, esse aumento das tensões, em referência ao conflito entre Ucrânia e Rússia, afeta em especial a dinâmica dos preços internacionais das commodities, e na volatilidade nos mercados. “O comitê está atento à evolução do cenário internacional e segue preparado para atuar, minimizando eventual contaminação desproporcional sobre os preços dos ativos locais, em particular pelo canal do mercado de câmbio”, reforçou o BC.

A afirmação já havia sido publicada no comunicado da decisão, publicado em 24 de fevereiro, no primeiro dia da invasão.

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“Diante da reduzida exposição cambial e da baixa dependência de funding externo, a exposição do SFN [sistema financeiro nacional] aos efeitos imediatos das atuais tensões internacionais é baixa”, completou.

Além disso, segundo o comitê, as condições financeiras globais estão mais restritivas desde a última reunião. “A sinalização de que a remoção dos estímulos monetários em países centrais poderá ocorrer em maior velocidade ou intensidade provocou reprecificação relevante de alguns ativos e aumentou os custos de financiamento nos mercados globais”, ressaltou.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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