Tesouro: Dívida Pública Federal fecha 2023 em R$ 6,520 trilhões

A correção de juros no estoque da Dívida Pública Federal foi de R$ 54,18 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 141,29 bilhões

Foto: RHJ/iStock/Getty Images
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O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 3,09% em dezembro e fechou o mês em R$ 6,520 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Tesouro Nacional. Em novembro, o estoque estava em R$ 6,325 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 54,18 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 141,29 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 3,19% em dezembro e fechou o mês em R$ 6,269 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,57% maior no mês, somando R$ 251,46 bilhões ao fim de dezembro.

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‘Colchão da dívida’

O Tesouro Nacional encerrou dezembro com R$ 982,37 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 8,09% maior em termos nominais que os R$ 908,86 bilhões que estavam na reserva em novembro. O montante ainda é 16,45% menor, em termos nominais, que o observado em dezembro de 2022 (R$ 1,175 trilhão).

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O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O montante de dezembro era suficiente para cobrir 7,57 meses de pagamentos de títulos, ante 8,34 meses em novembro.

O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos. “Cabe destacar que os meses de janeiro, março, abril e julho de 2024 concentrarão vencimentos estimados em R$ 747,09 bilhões”, diz documento da autarquia.

Parcela de títulos

Com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano, a parcela de títulos da Dívida Pública Federal atrelados à Selic subiu em dezembro, para 39,66%. Em novembro, estava em 39,38%. Já os papéis prefixados ampliaram a fatia de 26,20% para 26,53%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,76% do estoque da DPF em dezembro, ante 30,27% em novembro. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,16% para 4,05% no mês passado.

Todos os papéis ficaram dentro das metas do PAF para o ano passado.

O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2023 ia de 38% a 42%. Para os prefixados, o intervalo era de 23% a 27%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta era de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou baixa, passando de 20,48% em novembro para 20,14% em dezembro. O prazo médio da dívida teve recuo de 4,04 anos para 3,95 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,65% ao ano para 10,51% a.a. no mês passado.

Participações

A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em dezembro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) passou de 9,94% em novembro para 9,48% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 594,18 bilhões em dezembro, ante R$ 603,96 bilhões em novembro.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 29,67% em dezembro, ante 28,89% em novembro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,45% para 23,53% em dezembro. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,08% para 22,99% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,11% para 4,02% na mesma comparação.

Com informações do Estadão Conteúdo

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