Os rendimentos dos Treasuries com vencimento e dois anos e em dez anos fecharam em queda nesta quinta-feira, após a forte alta na sessão anterior, que foi motivada pela incerteza do mercado em torno da políca monetária nos Estados Unidos, Na contramão, as T-notes com vencimento em 30 anos fecharam em alta. O pregão de hoje foi mais curto, em respeito à morte do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter. Com os mercados de ações fechadas, o dia também foi marcado pela liquidez reduzida.
No fechamento, as T-notes com vencimento em dois anos caíram de 4,297% para 4,272% e as T-notes com vencimento em dez anos recuaram de 4,706% para 4,688%. Por outro lado, as notas com vencimento em 30 anos tiveram alta de 4,907% para 4,938%.
O mercado segue atento a quaisquer sinalizações sobre os próximos passos do Fed. Em discurso mais cedo, a diretora Michelle Bowman disse estar preocupada que a atual postura do banco central americano não seja tão restritiva. Para ela, o núcleo da inflação permanece elevado e ainda há riscos de alta.
Outros dirigentes também se pronunciaram ao longo do dia, reforçando o tom de cautela. O presidente distrital do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, disse que a política monetária percisa permanecer dependente dos dados e ficar melhor posicionada para lidar com as incertezas. Já Susan Collins, presidente distrital do Fed de Boston, espera que a inflação fique mais elevada do que o inicialmente esperado em 2025.
Para Ian Lyngen, estrategista da BMO Markets, a mensagem é clara de que não haverá corte de juros em janeiro. “A ata do Fomc destaca a incerteza sobre a inflação e a imigração associada à segunda presidência de Trump, um cenário que reforça ainda mais o argumento para que o Fomc mantenha as taxas estáveis no final deste mês e talvez até março”, ele escreve, em relatório.
A casa projeta um corte de 25 pontos-base em março, “embora estejamos cientes de que o sentimento dos investidores no momento esteja mais voltado para uma postura hawkish”, ele escreve, em nota.
Amanhã, as atenções se voltam para o relatório de empregos (“payroll”), tido como o principal indicador do mercado de trabalho americano, que pode dar uma sinalização mais clara ao mercado, após dados mistos nesta semana.
*Com informações do Valor Econômico
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