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Trem-bala: empresa quer dinheiro do BNDES e de fundos de pensão para financiar projeto
A TAV Brasil, autorizada a retomar o projeto do trem-bala São Paulo-Rio, pretende contar com aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fundos de pensão, investidores nacionais e internacionais e agências multilaterais de crédito para financiar grande parte do projeto. Tal expectativa de captação de recursos foi manifestada pela empresa nos documentos entregues à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A estrutura financeira do empreendimento foi pensada para ter a proporção 80×20, sendo 80% de capital de terceiros e 20% de capital próprio. O resgate do projeto do trem-bala SP-Rio prevê o investimento global de R$ 50 bilhões, com referência a novembro de 2022.
A linha do trem de alta velocidade (TAV), com 380 quilômetros de extensão, será dedicada ao transporte de passageiros. Os vagões poderão atingir a velocidade de 350 km/h. O projeto tem conclusão das obras prevista para dezembro de 2031, com inauguração (início das operações) em junho de 2032.
Em 17 de fevereiro, a diretoria da ANTT aprovou a celebração do contrato de autorização para a construção e exploração do trem de alta velocidade pelo prazo de 99 anos. O contrato foi assinado na última quarta-feira (1º).
Com a assinatura do contrato, a TAV Brasil confirmou Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral ANTT, como CEO da empresa.
O trem-bala entre São Paulo-Rio volta a ser discutido com dúvidas sobre a viabilidade. Uma primeira tentativa de contratar o projeto começou a ser discutida há mais de dez anos, no segundo governo Lula. Já na primeira gestão de Dilma Rousseff, o governo desistiu de realizar o leilão, diante da desistência de investidores estrangeiros que estudavam o plano.
Obter uma autorização para construir e operar uma linha férrea no Brasil ficou mais fácil a partir do regime de autorização, criado em 2021 (Lei 14.273). Isso, no entanto, não é garantia de que o projeto sairá do papel.
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