UBS BB vê chance de novas altas dos combustíveis e minimiza risco de desabastecimento
O banco avalia que as distribuidoras devem aumentar importações para compensar a falta de entrega da Petrobras
Há poucas chances de um desabastecimento de combustíveis no Brasil após o último reajuste de preços realizado pela Petrobras, diz o UBS BB. O banco acredita que as distribuidoras devem aumentar importações para compensar a falta de entrega de cotas da estatal, assim como fizeram no fim do ano passado.
Os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos escrevem que a oferta de combustíveis ao redor do mundo está restrita com o conflito entre Rússia e Ucrânia, mas que ainda não chega a ser uma situação preocupante.
“O risco de oferta global de combustíveis pode crescer se a oferta ficar ainda mais restrita, mas vemos um cenário de normalidade”, comentam. O banco acredita que os preços ainda devem ficar elevados, o que pode gerar reajustes no Brasil.
As grandes distribuidoras de combustíveis não devem ter problemas para importar produtos, pondera o UBS BB, usando sua escala para repassar preços e menos preocupações se vão ou não conseguir vender os volumes.
No longo prazo, os analistas afirmam que a estabilidade na oferta de combustíveis no Brasil depende de mudanças estruturais, como uma política de preços firme, além de venda de refinarias e terminais de combustíveis, o que asseguraria investimentos.
O UBS BB tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em R$ 44 para as ações preferenciais, potencial de alta de 35,7% sobre o fechamento de ontem.
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