UE planeja incluir criptomoedas nas sanções à Russia

União Europeia planeja incluir as criptomoedas nas sanções financeiras contra a Rússia, para evitar que elas sirvam para contornar a punição

Ethereum funcionava a partir da "mineração", um método de cadastro e validação de operações informáticas que consome muita energia. Ilustração de criptoativos. (Foto/Arte: Pixabay)
Ethereum funcionava a partir da "mineração", um método de cadastro e validação de operações informáticas que consome muita energia. Ilustração de criptoativos. (Foto/Arte: Pixabay)

A União Europeia (EU) planeja incluir as criptomoedas nas sanções financeiras contra a Rússia, para evitar que elas sirvam para contornar a punição. A questão foi discutida hoje em reunião dos ministros de finanças dos 27 países membros do bloco europeu. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fez um relato aos ministros, o que os convenceu de ir adiante contra as criptomoedas.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, relatou que as autoridades europeias constataram um volume mais elevado de transações de criptomoedas nos últimos dias, o que pode indicar tentativa de escapar das sanções.

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Certos analistas notam que, quando os países passam por pesadas sanções, buscam todos os meios para minimizar o impacto da retaliação. A avaliação é de as criptomoedas têm grande potencial nesse contexto.

A ideia dos europeus é de, uma vez ampliando a sanção às criptomoedas, tornarão a agressão contra a Ucrânia o mais custosa possível para Vladimir Putin.

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Bruno Le Maire, ministro de Economia e Finanças da França, acenou também com a possibilidade de aumento da lista de bancos russos que podem ser punidos com remoção do sistema Swift, o mecanismo global de pagamentos, essencial para as finanças e comércio internacional. “As sanções têm reconhecidamente uma grande eficácia”, relatou Le Maire. “Provocou desorganização do sistema financeiro russo, com o corte do Swift. Provocou paralisia do Banco Central russo. Foi congelado um importante volume de ativos do Banco Central russo.”

Os ministros examinaram o impacto da guerra sobre a economia russa. O risco maior é o da inflação, sobretudo por causa do preço da energia. Le Maire exemplificou que uma alta de 10% no custo do gás pode resultar em 0,2% de inflação adicional.

Outro problema é a divergência maior nos países em função da energia vinda da Rússia. Além disso, países que receberão mais refugiados terão mais custos nas finanças públicas. Assim, a Comissão Europeia não vai ativar cláusula de deficit excessivo.

As medidas de urgência para os europeus, por causa da guerra e também as sanções, vão beneficiar inicialmente as companhias mais dependentes de gás.

Várias medidas estão sendo avaliadas. O setor agrícola também deverá receber auxílio nesse contexto.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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