Voos para os destinos mais buscados em dezembro quase dobram de preço em um ano

Estudo do buscador de voos Viajala levantou o preço médio das passagens aéreas para os lugares mais procurados neste mês, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, para voar em dezembro, janeiro, fevereiro e março

Aeronave da Gol (GOLL4). Foto: Divulgação
Aeronave da Gol (GOLL4). Foto: Divulgação

O custo médio das passagens aéreas para os destinos mais buscados em dezembro, para viajar no próprio mês de dezembro ou em janeiro, fevereiro e março, encareceu até 92% em comparação ao mesmo intervalo de 2021. Ou seja, quase dobrou de preço. O dado é de um estudo do buscador de voos Viajala, que levantou o preço médio das passagens aéreas para os lugares mais procurados neste mês, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, para voar nesse período.

Saindo de São Paulo, a rota que ficou mais cara foi para Salvador. O valor médio de ida e volta aumentou 17% em relação a novembro e 59% em relação a dezembro de 2021, para R$1.444.

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Partindo do Rio, o trecho que mais aumentou foi para São Paulo. O custo médio de ida e volta cresceu 31% em comparação ao mês anterior e 84% em comparação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 1.028.

Já saindo de Salvador, o destino que registrou a maior alta foi Recife. O preço médio de ida e volta subiu 7% em relação a novembro e 92% em relação a dezembro de 2021, para R$ 950.

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Os voos domésticos de ida e volta estiveram 55% mais caros, em média, em 2022 em comparação a 2021. Entre as 40 principais rotas, nenhuma apresentou baixa ou estabilidade no preço médio neste ano.

As passagens aéreas costumam aumentar em dezembro para viajar em datas como Natal, Ano Novo, férias de janeiro e Carnaval, mas neste mês elas encareceram ainda mais após as altas ao longo do ano, conforme Rodrigo Melo, diretor comercial do Viajala.

“A alta de combustíveis, a inflação, a instabilidade política, as perdas acumuladas da pandemia e a necessidade de reacomodar passageiros dos últimos anos, sem custo adicional, pressionam os preços e dificultam prever uma queda nos valores das passagens tão cedo”, afirma.

Esse cenário ajudou a causar a greve de comissários de bordo e pilotos que afetou aeroportos de todo o Brasil na semana passada. Eles alegavam que seus salários não acompanharam os aumentos de preços dos voos. A greve acabou no último domingo (25), após os trabalhadores aprovarem uma proposta renovada das companhias aéreas.

Por Júlia Lewgoy, do Valor Investe

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