Quando você, investidor e investidora, olha para um ativo, você leva em consideração se a empresa daquele papel está alinhada com os critérios ESG? Pergunta número 2: entre o “E”, o “S” e o “G”, qual é mais importante para você? Pois bem. Pesquisa da Anbima mostra que dentre tais critérios, o mais relevante para as gestoras de recursos está no G. Elas olham para a transparência (92%) e a ética (92%) mais do que para as outras letras.
O levantamento foi feito com 209 gestoras e reflete o fato de que, historicamente, o mercado está mais acostumado a relacionar a gestão das empresas ao seu desempenho financeiro, enquanto aspectos ambientais e sociais passaram a ser contemplados mais recentemente.
Por que a preocupação está na governança?
Para a direção da Anbima, a conscientização dos gestores sobre o ESG vem aumentando. Mas, quando se entra em questões específicas, ainda falta uma compreensão sobre o tema como um todo. De maneira geral, critérios relacionados à diversidade, como política de inclusão e composição do conselho de administração, são os que ainda recebem menos atenção dos gestores.
O que você tem a ver com isso?
No cômputo geral, os gestores estão de olho em empresas com bons fundamentos e que se preocupam com o impacto de seus negócios. Empresas com selos de sustentabilidade, concedidos por consultorias especializadas, também chamam a atenção das casas e de investidores. Tanto que a nossa Bolsa de Valores tem um índice apenas com empresas sustentáveis e que foi rebalanceado neste mês.
Agora, só isso garante mais dinheiro para seu bolso? Não. Até porque no universo dos investimentos nada é garantido. Mas já há um histórico de boas rentabilidades de papeis de empresas com preocupação na agenda ESG. E isso nas três letras, não apenas em uma delas.