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Índice ICO2 é atualizado na B3 para incentivar economia de baixo carbono
Você já ouviu falar no índice ICO2? Lançado em 2010 pela B3, a bolsa de valores brasileira, o Índice Carbono Eficiente existe para mensurar o desempenho médio das cotações dos ativos de empresas que estão comprometidas com a transparência de suas emissões de gases de efeito estufa.
O indicador, portanto, mostra ao mercado financeiro quais companhias já deram os primeiros passos, ou estão bem à frente, rumo à economia de baixo carbono. Algo que nos dias de hoje é bastante importante para o mundo como um todo.
ICO2 passa por atualização
Desse modo, de tempos em tempos, nada mais comum do que remodelar o índice com novas diretrizes. A partir de janeiro de 2025, por exemplo, a metodologia lançada para o Índice Carbono Eficiente visa aumentar o número de empresas elegíveis para o indicador. Por outro lado, os critérios de avaliação para entrar nessa lista passa a ser mais criterioso.
De acordo com informações da B3, o ICO2 passa a considerar dados de fontes públicas e o uso da plataforma ESG Workspace no processo de coleta dos dados. Além disso, a bolsa de valores incluiu critérios de seleção relacionados à eficiência e a qualidade na gestão de emissões.
E isso será avaliado por meio do coeficiente entre emissões de gases de efeito estufa e a receita bruta, além de um score relacionado à gestão do tema de mudanças climáticas pelas companhias. Antes, as empresas elegíveis só precisavam informar seus dados de emissões e receita para entrar no indicador.
“A B3 quer oferecer um índice que reflita a preocupação das empresas com uma economia de baixo carbono. Estamos aperfeiçoando o ICO2 e trazendo critérios que indicam boas práticas corporativas reconhecidas internacionalmente para a gestão de emissões de gases do efeito estufa. Isso será um instrumento de apoio para as empresas na construção de um horizonte de maior eficiência nas emissões e avanço da transição energética”, destaca Henio Scheidt, gerente de índices da B3.
Como funciona a nova metodologia do ICO2 B3?
Então, para conseguir fazer parte da carteira do índice, as companhias precisarão cumprir alguns requisitos, como:
- Fazer parte da carteira do Índice Brasil Amplo (IbrA B3);
- Validar e autorizar o uso das informações relacionadas às emissões de gases de efeito estufa e às práticas de gestão na plataforma ESG Workspace;
- Estar entre 75% das empresas que menos emitem gases de efeito estufa proporcionalmente à receita. Ao mesmo tempo, possuir Score de Gestão de Emissões de gases de efeito estufa superior ao seu setor.
“Com os novos critérios de inclusão, buscamos um índice menos intensivo em emissões que mensure minimamente o compromisso que as companhias têm com a agenda climática. O que aumenta sua eficiência ao longo do tempo. E assim, se possível, se descarbonizar por completo”, afirma Cesar Sanches, superintendente de sustentabilidade da B3.
Como o investidor pode trazer questões ambientas a sua carteira?
E se você tem interesse em diversificar os seus investimentos com produtos ASG (Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa), uma alternativa é aplicar o seu dinheiro em índices que reúnem os ativos que se destacam nessas áreas.
Hoje em dia, a B3 possui 10 índices ASG. Esses índices, aliás, podem ser replicados por fundos ou ETFs, como por exemplo o ETF ECOO11, que replica o ICO2.
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