Os Estados Unidos condenaram os exercícios militares da China em torno de Taiwan por ameaçarem a estabilidade regional, à medida que militares, navios e aviões chineses cercaram a ilha na segunda-feira (14).
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, o governo dos EUA está “seriamente preocupado com os exercícios militares conjuntos do Exército de Libertação Popular no estreito de Taiwan e em torno de Taiwan”.
“A resposta da China com provocações militares a um discurso anual de rotina é injustificada e arrisca uma escalada”, completou Miller.
Os EUA também pediram a Pequim que “atuasse com moderação e evitasse quaisquer ações adicionais que possam prejudicar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e na região mais ampla”.
O exercício militar acontece dias depois de um discurso do presidente taiwanês Lai Ching-te no Dia Nacional na semana passada, no qual ele afirmou a soberania de Taiwan, mas também apelou à China para trabalhar com ele pela paz.
O governo de Lai pediu à China que cesse as provocações militares de segunda-feira e pare de ameaçar Taiwan. “A China deve enfrentar a realidade da existência da República da China (Taiwan) e respeitar a escolha do povo taiwanês por uma vida democrática e livre.”
Enquanto isso, o exército da China afirmou que suas forças praticaram “patrulhas de prontidão para combate, bloqueio de portos e áreas importantes, ataque a alvos marítimos e terrestres e tomada de superioridade abrangente”, chamando os exercícios de “um severo aviso aos atos separatistas das forças da ‘Independência de Taiwan’”.
*Com informações do Valor Econômico
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