Facebook derruba páginas com ‘fake news’ administradas por militares brasileiros

Perfis tentavam distorcer o debate público relacionado a questões ambientais

Foto: Unsplash
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O Facebook informou ontem que oficiais do Exército eram responsáveis por manter páginas de desinformação que tentavam distorcer o debate público relacionado a questões ambientais, como o desmatamento da Amazônia. A identidade dos militares não foi revelada pela Meta (holding do Facebook).

No total, segundo o relatório trimestral que a empresa produz sobre ameaças na plataforma, foram derrubados 14 perfis falsos e nove páginas, além de 39 contas do Instagram. No Facebook, a rede somava 25 mil seguidores. Todas elas violavam a política contra “comportamento inautêntico coordenado” da rede.

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O documento também lista casos no Azerbaijão, na Rússia, na Ucrânia, no Irã, na Costa Rica e nas Filipinas.

Todas as informações coletadas pela Meta foram compartilhadas com a empresa Graphika, que monitora redes sociais, e apresentou um relatório independente, que confirmou a análise da companhia de Mark Zuckerberg.

Segundo o relatório, dois oficiais do Exército estão por trás da rede. A empresa diz ter confirmado os nomes com dados do governo federal que dizia que ambos estavam na ativa. Quatro perfis pessoais dos oficiais foram identificados em suas contas reais, nas quais apareciam fardados e há pelo menos 10 anos postavam sobre a rotina militar e recebiam congratulações por conquistas.

“Os nomes deles apareciam em registros governamentais e documentos públicos militares, incluindo os resultados de exames de admissão no Exército e uma tese de graduação da Academia Militar, o que nos permitiu determinar que suas carreiras começaram em 2012 e 2014”, diz o relatório.

Ainda de acordo com o documento, os perfis e páginas tentavam se passar por organizações da sociedade civil e ativistas interessados na preservação da Amazônia. Alguns posts diziam que “nem todo o desmatamento da floresta é prejudicial” e havia ataques a ONGs que atuam para a preservação do meio ambiente.

Ao portal g1, a assessoria do de imprensa do Exército Brasileiro informou que está buscando mais informações sobre o assunto.

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