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Fernando Haddad: ‘Não vejo razão para o PIB brasileiro crescer menos de 2% em 2024’
Enquanto o mercado financeiro aposta em um crescimento do PIB brasileiro em 1,6% para este ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que a economia deve novamente surpreender. Segundo ele, o país pode alcançar um resultado acima de 2% em 2024.
“Eu não vejo razão para nós crescermos menos de 2%. A previsão da Secretaria de Política Econômica é (de uma alta do PIB brasileiro de) 2,3%. Mas já tem gente de mercado falando em mais, gente séria, falando em 2,5%, falando em 2,6%”, afirmou o ministro.
Fernando Haddad participou na manhã desta terça-feira (6) de um evento organizado pelo BTG, em São Paulo.
PIB Brasileiro veio bem no quarto trimestre
Ele destacou que janeiro foi um um mês surpreendente em arrecadação. Isso, num sinal de que a economia segue resiliente, vindo de uma toada boa desde o fechamento do ano passado.
“O quarto trimestre (do ano de 2023) virá melhor do que as expectativas do mercado (para o PIB brasileiro)”, declarou Haddad.
Congresso é a palavra mais citada por Haddad
Questionado sobre temas econômicos e a pauta para 2024 pelo economista-chefe do BTG, Mansueto Almeida, a palavra Congresso foi a mais citada por Haddad.
Isso, um dia após a retomada dos trabalhos no Legislativo, que tem uma série de medidas provisórias, inclusive de natureza fiscal, a serem apreciadas. O ministro da Fazenda citou o Congresso por 30 vezes ao longo de pouco menos de uma hora.
Quando Almeida o questionou a respeito da viabilidade de um déficit fiscal zerado em 2024, como prometido, ele disse que a resposta para isso depende dos deputados federais e dos senadores.
“O que eu estou dizendo é que não depende do ministro da Fazenda. Depende do ministro da Fazenda colocar, apresentar um plano de trabalho. Ajudar o Brasil debater esse plano de trabalho, estressar esse plano de trabalho e buscar o resultado. Portanto, o Congresso tem que definir o patamar de metas”, afirmou.
Haddad destacou que a equipe do governo tem como alvo zerar o déficit primário das contas públicas sem contingenciar o orçamento.
Também, ele afirma, não é intenção da equipe econômica usar a margem de tolerância da meta. A margem permite um déficit primário de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
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