Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, bate CDI em 2023 e cita ‘compra de inflação’ como detrator da carteira

Em relatório consolidado de 2023, Fundo Verde destaca a alta de final de ano do Ibovespa: 'O fundo aproveitou o rally'

Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde - Foto: Bufalos
Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde - Foto: Bufalos

O Fundo Verde, um dos mais famosos do ramo de fundos multimercados e sob gestão de Luis Stuhlberger, terminou o ano superando o CDI em retorno. O fundo da asset obteve rendimento de 14,53% no ano passado, contra 13,05% do indexador de renda fixa.

Entre os destaques da carta da Verde Asset que apontam para a superação do benchmark, o fundo multimercado destacou ganhos em dezembro oriundos “especialmente de ações no Brasil” e do juro real. Pelo lado negativo, a Verde destaca que “detratores relevantes” da performance do fundo no mês foram a compra de inflação implícita no Brasil.

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Fundo Verde aproveitou “rali” de final de ano da bolsa

O mês de dezembro foi significativamente positivo para o fundo de Luis Stuhlberger. O Verde bateu o CDI no último mês do ano com ganhos de 3,32% contra 0,90% do benchmark.

Entre os destaques no relatório mensal do fundo, o Verde aponta que o fundo capitalizou sobre o rali de final de ano no Ibovespa. O índice terminou o ano passado com rendimento de 22,28%. “O fundo aproveitou o rally e reduziu marginalmente sua exposição em ações no Brasil”, afirma o gestor em carta.

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Essa posição, diz o Verde, voltou a ser comprada após a “maturação de hedges” no cenário global.

Stuhlberger, que afirmou ao PodInvestir, da Inteligência Financeira que prefere comprar títulos atrelados à inflação em mandatos de governos petistas, reconhece na carta que essa exposição foi uma das detratoras do fundo.

No mês de dezembro, o Verde obteve um retorno de 0,55% com títulos da renda fixa atrelados ao índice de flutuação de preços. No acumulado de 2023, o retorno foi de 0,93% em 2023.

Verde Asset: ‘exuberância’ de ativos de risco para 2024

Ainda de acordo com o relatório, o Fundo Verde explica que a queda da inflação americana e a perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos ditou o fim de ano nos mercados de risco. Para o início deste ano, a Verde prevê uma “exuberância” dos ativos de risco.

“Os mercados talvez precifiquem um excesso de cortes na curva futura, e uma certa exuberância nos ativos de risco, temas que devem ditar o início do ano”, diz o Fundo Verde.

A gestora ressalta que a queda nos Treasuries, de 0,45 ponto percentual no mês de dezembro levou a um “impulso dos mercados acionários”.

Assim, o movimento do Ibovespa no mercado local em dezembro, com alta de 5,4%, teve como fundamento a inflação americana, diz o fundo. A queda nos preços permitiu ao Fed mudar sua postura e sinalizar uma queda na taxa básica da economia americana. A Verde considera que essa queda está “na mesa” para 2024.

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