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GM pode comprar participação na Vale, de olho nos metais usados na produção de veículos elétricos
A General Motors está considerando comprar uma pequena participação na unidade de metais básicos da Vale, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A mineradora brasileira extrai e processa níquel e outros metais cruciais para a construção de baterias de veículos elétricos.
A Vale disse em dezembro que considera vender até 10% de participação no negócio, sem divulgar um possível preço de venda. Uma participação desse tamanho pode ser avaliada em até US$ 2 bilhões, segundo algumas pessoas.
O interesse da GM surge no momento em que as montadoras buscam cada vez mais acordos de fornecimento e parcerias mais estreitas com empresas de mineração, enquanto disputam o suprimento mundial limitado de metais de que precisam para construir as baterias necessárias para os veículos elétricos que esperam vender nos próximos anos.
O processo de venda da Vale está nos estágios iniciais e atraiu alguns dos maiores fundos soberanos e de pensão do mundo, inclusive do Oriente Médio e da América do Norte, segundo pessoas a par do assunto. A “Bloomberg” informou o interesse da GM nos negócios da Vale nesta quarta-feira (8).
As montadoras globais estão correndo para garantir recursos de bateria suficientes para apoiar suas metas de vendas de veículos elétricos nos próximos anos. A Volkswagen disse que quer que metade de suas vendas globais sejam de veículos elétricos até 2030. A Ford Motor estabeleceu uma meta semelhante. A GM disse que planeja eliminar gradualmente as vendas de quase todos os veículos com motores a gasolina e diesel até 2035.
Atingir esses objetivos exigiria grandes aumentos na produção de veículos elétricos e nas baterias necessárias para equipá-los. Os veículos elétricos representaram quase 10% das vendas globais no ano passado e cerca de 5% das vendas totais nos EUA, de acordo com a empresa de pesquisa EV-Volumes.
A GM tem sido uma das montadoras mais ativas na busca de acordos de fornecimento e investimentos em empresas para garantir no futuro baterias de veículos elétricos e ingredientes-chave como lítio, níquel e grafite.
Na semana passada, a GM disse que planeja gastar US$ 650 milhões em uma participação acionária na Lithium Americas, como parte de seu plano para criar em conjunto uma grande mina de lítio em Nevada, nos EUA.
Em novembro, a GM fechou com uma subsidiária canadense da Vale um contrato de fornecimento de longo prazo para sulfato de níquel produzido em Québec. A GM disse que o material seria usado em cátodos de bateria de veículos elétricos da montadora e que essa subsidiária da Vale forneceria níquel suficiente para produzir cerca de 350 mil carros elétricos anualmente.
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