Guedes defende privatização da Eletrobras: ‘Vai destravar investimentos’
Ministro afirma que estatal seguirá diminuindo sua participação no mercado de energia se a venda do controle não for confirmada
Ao defender a privatização da Eletrobras, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que a operação vai “destravar a fronteira de investimento em todos os sentidos”. Ele voltou a usar argumento de que, se a venda do controle não for confirmada, a estatal seguirá diminuindo sua participação no mercado de energia.
Guedes afirmou que, para manter sua presença nos segmentos de geração e transmissão, teria que investir cerca de R$ 15,7 bilhões por ano, mas investe apenas R$ 3,5 bilhões.
“O futuro da energia brasileira está em jogo”, afirmou no evento “Diálogo Público: Modelo de Capitalização da Eletrobras”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Guedes disse ainda que o mundo, no contexto da pandemia, acelerou a transição energética e este aspecto se tornou um “risco geopolítico”. Segundo ele, adotar uma estratégia acertada neste momento, o que envolveria a venda do controle da Eletrobras, seria um novo “grito de independência” para o Brasil.
O ministro afirmou que o governo está “vislumbrando um futuro de energia mais barata, mais limpa e de muitos investimentos em todas essas dimensões, deixando uma Eletrobras mais forte como um legado de transformação do Estado que estamos fazendo”.
Para o ministro, a privatização da companhia “é uma operação extraordinária, tanto para a empresa quanto para o setor”.
Na abertura do evento, o relator do processo no TCU, ministro Aroldo Cedraz, sinalizou que vai pautar em breve o processo e que não haverá juízo de valor sobre decisão governamental pela privatização.
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