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Hypera (HYPE3) tem 1º tri abaixo do esperado, mas ações sobem mais de 4% nesta sexta-feira; entenda
Empresas citadas na reportagem:
A Hypera (HYPE3) divulgou ontem, após o fechamento da bolsa, o seu balanço para o primeiro trimestre do ano. O lucro líquido da empresa no período caiu 3%, ante o mesmo período de 2022. A receita líquida, contudo, avançou 13,7% em base anual, para R$ 1,7 bilhão.
Nesta sexta-feira, no entanto, as ações da empresa na bolsa registram desempenho positivo. Às 15h58, as ações eram negociadas a R$ 37,54, perto das máximas do dia (37,62), tendo aberto o pregão cotadas a R$ 35,98. A valorização das ações da Hypera neste horário era de + 4,3%.
O que explica a valorização das ações da Hypera?
Para o Goldman Sachs, o resultado da Hypera no primeiro trimestre ficou abaixo das expectativas.
Para o banco, o destaque negativo do balanço da companhia foi a dinâmica de capital de giro, que piorou devido ao aumento significativo nos níveis de estoque.
A divisão de varejo teve o desempenho mais fraco dentro da companhia, aponta o Goldman Sachs.
Ainda assim, o banco mantém a sua indicação de compra para as ações da Hypera, com preço-alvo de R$ 53.
‘Dados operacionais razoáveis’, diz Itaú BBA
Para os analistas do Itaú BBA, a Hypera registrou resultados operacionais razoáveis no primeiro trimestre.
Os analistas do Itaú BBA observam que a receita líquida cresceu, com a combinação de uma receita mais fraca no varejo e crescimento na receita não varejo. ‘As margens vieram maiores do que o esperado, apesar de uma base de comparação difícil’ diz Vinicius Figueiredo, do Itaú BBA.
No entanto, o ponto baixo do trimestre foi o pior capital de giro, refletido em um aumento trimestral de 83 dias no ciclo de conversão de caixa, afirma o analista.
Ainda assim, o Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações da Hypera, com preço-alvo de R$ 50, potencial de alta de 35% ante o valor negociado há pouco na B3.
O que diz a Hypera
Segundo a Hypera, o balanço da empresa é resultado do aumento das despesas com juros no período, consequência do maior endividamento bruto da companhia por conta da aquisição do portfólio de marcas da Sanofi e do aumento da taxa Selic.
A empresa destaca ainda que a venda ao consumidor final, o chamado “sell-out”, avançou 5,9%. De acordo com a companhia, o indicador foi influenciado negativamente pelo desempenho registrado nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, consequência do forte crescimento ano contra ano. Já no mês de março, o crescimento foi de 19,1%, patamar semelhante ao de 2022.
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