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BofA: Lucro das empresas do Ibovespa tem maior recuo desde auge da pandemia
O lucro por ação das empresas que compõem o Ibovespa recuou 32% no primeiro trimestre, a maior retração porcentual desde o auge da pandemia no segundo trimestre de 2020, com as companhias sendo pressionadas pelos juros altos e a desaceleração da economia, diz o Bank of America (BofA).
Os analistas liderados por David Beker escrevem que as receitas dessas companhias subiram 1% durante os primeiros três meses, na comparação anual, enquanto o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 11% na mesma base de comparação.
Retirando os resultados das empresas de materiais básicos, o lucro por ação caiu 20% no ano, enquanto receitas subiram 5% e o Ebitda recuou 1%. Sem os números de empresas de materiais básicos e energia, o lucro por ação teve queda de 27%, enquanto as receitas subiram 5% e o Ebitda aumentou 3%.
As maiores quedas no lucro por ação aconteceram nas empresas dos setores de construção, com recuo de 59%, materiais básicos, 50%, e serviços públicos (“utilities”), 40%. Do lado contrário, o lucro por ação de empresas de educação subiu 101%, tecnologia, 71%, e seguros, 48%.
Na comparação sequencial com o quarto trimestre, o lucro por ação das empresas do Ibovespa caiu 11%, enquanto as receitas recuaram 9% e o Ebitda se manteve estável. Sem empresas de materiais básicos e energia, o lucro por ação subiu 2%, o Ebitda subiu 1% e o faturamento caiu 8%.
O banco nota que, das 83 empresas que compõem o Ibovespa, 35 apresentaram resultados abaixo das estimativas, enquanto 28 superaram projeções e 20 ficaram dentro do esperado.
A razão entre acertos e erros ficou em 0,8, acima do visto durante o quarto trimestre.
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