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Ibovespa cai 1,40% e chega ao menor nível em 2024; entenda os motivos que levaram à queda
Mesmo com um início de dia positivo no exterior, com dados da inflação dos Estados Unidos abaixo das projeções do mercado, a coletiva do Federal Reserve, com falas duras de Jerome Powell sobre eventual corte de juros no país, e piora de risco doméstico pesaram sobre a bolsa de valores hoje e a cotação do dólar. A combinação de fatores levou o Ibovespa a cair 1,40% nesta quarta-feira, a 119.936 pontos. É a menor cotação do principal índice do mercado acionário desde novembro de 2023.
Por outro lado, o dólar voltou a disparar contra o real nesta quarta, e encerrou o dia de negociações cotado a R$ 5,4066. Se a inflação abriu uma expectativa de corte de juros nos EUA pelo mercado, a coletiva do presidente do Fed amenizou os ânimos sobre quantidade de cortes.
Confira os destaques da bolsa de valores, Ibovespa, dólar e índices do exterior nesta quarta-feira.
Ibovespa hoje
O Ibovespa hoje apresentou ganhos no início da manhã, com a divulgação da inflação americana, mas devolveu a alta e aprofundou em queda ao longo do pregão.
Pesou sobre o mercado hoje um aumento de percepção de risco no Brasil. Para Felipe Moura, analista da Finacap, o mercado “vive um momento delicado”, à medida em que investidores retiram o “benefício da dúvida sobre o arcabouço fiscal”.
A devolução da Medida Provisória do PIS/Cofins também contribuiu para que a Faria Lima visse fragilidade na posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“O mercado tem sido guiado totalmente pelo lado político e fiscal e está vendo sinais renovados de fraqueza do Haddad após essa devolução da medida provisória do PIS/Cofins”, nota um gestor de renda fixa.
No Ibovespa, duas ações de maior peso no índice registraram queda. O papel da Vale (VALE3) recuou 1,38%. A mineradora chegou a um acordo para reparação de danos provocados pelo rompimento da barragem de Mariana em R$ 103 bilhões.
Ao mesmo tempo, as ações da Petrobras caíram no pregão: o papel PN recuou 2,41%, enquanto o ON cedeu 2,10%.
O setor financeiro registrou queda generalizada, com desvalorização das ações de Bradesco (BBDC3;BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11).
Dólar hoje
O dólar, que reagiu ao CPI e chegou a cair após o dado, reverteu o sinal e passou a subir com firmeza, quebrando a barreira de R$ 5,40 na máxima intradiária.
Assim, o dólar bateu R$ 5,4066 ao final do pregão, em alta de 0,86%. A moeda norte-americana foi influenciada pelo tom do comunicado do Fomc (Comitê de Política Monetária) do Fed, explica Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Na contramão do Brasil, o dólar perdeu força no cenário internacional com dados de inflação mais fraca que o esperado nos Estados Unidos. O índice DXY, que compara a moeda com pares de economias importantes pelo mundo, recuou 0,48%, a 104,78 pontos.
Melhores ações da bolsa de valores hoje
A melhor ação da bolsa de valores hoje, sob critério de mais de mil operações de compra e venda durante o pregão na B3, foi a da Embraer (EMBR3). O papel registrou alta de 3%.
A ação da Embraer “operou em alta basicamente pela valorização do dólar e demanda bem positiva”, diz Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital.
Confira a seguir as cinco principais altas da B3 nesta quarta-feira.
- Embraer ON (EMBR3): +2,99%
- Plano&Plano ON (PLPL3): +2,17%
- OceanPact ON (OCPT3): +2,17%
- Dasa ON (DASA3): +2,15%
- Random Participações PN (RAPT4): +2,08%
Piores ações
Por outro lado, mantendo o mesmo critério de quantidade de operações da lista de melhores, a pior ação do dia por desempenho foi a da Viveo (VVEO3). O papel caiu 11%.
Logo em seguida, veja a lista das cinco piores ações da bolsa de valores hoje.
- Viveo ON (VVEO3): -10,98%
- Magazine Luiza ON (MGLU3): -7,96%
- Light ON (LIGT3): -7,23%
- Oi BR ON (OIBR3): -7,14%
- Cogna ON (COGN3): -7,14%
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York se afastaram das máximas intradiárias e fecharam sem direção única, nesta quarta-feira (12), ainda que os índices S&P 500 e Nasdaq tenham batido novos recordes de fechamento pelo terceiro pregão consecutivo. As ações em Wall Street perderam fôlego com a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), as novas projeções da entidade e os comentários do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, após a inflação ao consumidor americano abaixo do esperado em maio impulsionar os ativos de risco.
Assim, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,09%, a 38.712,21 pontos; o S&P 500 subiu 0,85%, a 5.421,03 pontos; e o Nasdaq avançou 1,53%, a 17.608,44 pontos.
Bolsas da Europa
As bolsas da Europa fecharam em alta expressiva nesta quarta-feira (12). Os índices já eram negociados em terreno positivo pela manhã e aceleraram a alta depois do índice de preços ao consumidor (CPI) de maio dos EUA mostrar um resultado menor que o esperado pelo mercado. Agora, os investidores esperam a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), os comentários do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell e as novas projeções do Sumário de Projeções Econômicas (SEP).
No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 1,15%, a 523,22 pontos. Enquanto isso, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 0,83%, a 8.215,48, o DAX, de Frankfurt, escalou 1,49%, a 18.644,27 pontos. Por fim, o CAC 40, de Paris, anotou ganho de 0,97% a 7.864,70.
chega a menor nível em 2024
Com informações do Valor Econômico
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