Ibovespa tem 11ª alta seguida e retoma 129 mil pontos; reação do mercado a atentado contra Trump faz dólar subir 0,26%

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta segunda-feira (15) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa avançou pela 11ª sessão consecutiva hoje, enquanto investidores seguiram à procura de ofertas na bolsa brasileira, aguardam cortes de juros nos EUA e em sessão com liquidez limitada.

Entre as altas, destaque para ações sensíveis às taxas e Petrobras (o papel ordinário subiu 1,42%), que subiu em linha com pares americanos após atentado colocar Donald Trump como favorito para a eleição presidencial americana.

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Ibovespa hoje

No fim do dia, o índice subiu 0,33%, aos 129.321 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 128.723 pontos, e, nas máximas, os 129.485 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 11,13 bilhões no Ibovespa e R$ 15,32 bilhões na B3.

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Novamente descolado de pares, que acompanharam a alta dos juros e do dólar lá fora, o Ibovespa ampliou ganhos recentes e avançou pela décima primeira sessão seguida hoje, na segunda maior sequência de ganhos já registrada pelo referencial.

Levantamento da Quantzed mostra que é apenas a quarta vez na história que o índice avança tantas sessões de forma ininterrupta. A maior série, de 12 pregões positivos, foi registrada em 1997.

O índice de sentimento do investidor local elaborado pelo Santander a partir das cartas mensais dos 15 maiores fundos multimercados do país mostrou uma ligeira melhora no humor dos gestores no fim do mês de junho, apesar de ainda estar no terreno pessimista, após a leitura de maio apontar para o nível mais baixo desde março de 2023.

“Acrescentamos que a correlação do Ibovespa com os Treasuries de longo prazo voltou a ganhar força recentemente, um sinal de que as fontes recentes de riscos idiossincráticos e ruído político no Brasil estão recuando. Na verdade, notamos recentemente que os participantes do mercado provavelmente mudaram seus portfólios de empresas de tecnologia de grande capitalização para nomes de valor, com as ações brasileiras se beneficiando deste movimento ao longo da semana”, diz o texto.

Entre as maiores altas, cíclicas domésticas ampliaram movimento de recuperação: EZTec ON teve alta de 3,84%, após divulgar prévia operacional, Petz ON subiu 3,41% e Magazine Luiza ON registrou ganhos de 3,32%.

Já Petrobras ON e PN subiram 1,42% e 0,92%, respectivamente, em linha com pares internacionais. Agentes afirmam que a maior probabilidade de Donald Trump vencer a eleição americana após sofrer atentado beneficia o setor.

“Muita gente vê o Trump como impulsionador da oferta de petróleo, mas a produção da commodity também cresceu na administração Biden. Talvez a grande diferença esteja na demanda, caso o republicano consiga estabelecer legislação mais frouxa em termos de utilização de combustíveis fósseis”, diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

“Pensando em Petrobras, um crescimento não tão grande da oferta juntamente com um aumento da demanda podem levar o petróleo a um preço de equilíbrio mais elevado.”

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em alta, puxado por um movimento global de valorização da moeda americana após a tentativa de assassinato contra o o ex-presidente Donald Trump no sábado, que elevou as apostas em uma vitória do republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.

A pressão ficou concentrada em moedas de países emergentes mais sensíveis aos desenvolvimentos da política americana.

O dólar à vista fechou em alta de 0,26%, a R$ 5,4451, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,4768 e a mínima de R$ 5,4309.

Já o euro comercial subiu 0,19%, a R$ 5,9342.

No exterior, o índice DXY – que mede o dólar contra seis moedas pares – exibia alta de 0,13%, a 104,225 pontos, por volta de 17h05.

No mesmo horário, o dólar tinha forte alta de 0,80% ante o peso mexicano; de 1,43% ante o rand sul-africano; e de 0,50% ante o peso chileno.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, permaneceu evasivo quanto aos cortes nas taxas de juros.

O suporte veio das ações do Trump Media & Technology, que registrou alta após a tentativa de assassinato no sábado do ex-presidente Donald Trump.

O índice Dow Jones registrou novo recorde fechando em alta de 0,53% a 40.211,72 pontos. O S&P 500 subiu 0,28% a 5.631,22 pontos e o Nasdaq avançou 0,40% a 18.472,57 pontos.

Depois do atentado, o mercado elevou o potencial de uma vitória de Trump nas eleições de novembro. Também deram suporte às bolsas os comentários de Powell, presidente do Fed, de que três leituras sucessivas com dados benignos de inflação deram mais confiança para o banco central pensar em cortar os juros.

O Goldman Sachs já projeta a possibilidade de um primeiro corte em julho.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam a segunda-feira (15) em queda, enquanto os investidores avaliavam os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, que desacelerou acentuadamente no segundo trimestre, ao mesmo tempo em que observavam as implicações da tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no fim de semana.

O índice Stoxx 600 caiu 1,02%, a 518,73 pontos, o CAC 40, de Paris, recuou 1,19%, para 7.632,71 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,85%, para 8.182,96 pontos, e o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,84%, a 18.590,89 pontos.

No front corporativo, o destaque negativo foi a gigante de luxo Burberry, que caiu 16%, após anunciar a demissão do seu diretor-presidente e a interrupção do pagamento de dividendos em meio aos desafios na reestruturação da empresa. Jonathan Akeroyd será substituído por Joshua Schulman, que foi presidente das marcas Michael Kors e Coach.

Na agenda econômica, dados mostraram que a produção industrial da zona do euro contraiu 0,6% em maio, ficando melhor do que a queda de 0,9% esperada pelos economistas em uma pesquisa do “Wall Street Journal”.

Com informações do Valor Econômico

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