Impactado por commodities e esperando alívio fiscal, Ibovespa sobe 0,03%; dólar sobe 1,33%, cotado a R$ 5,65

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (15) e o que movimentou os ativos

Ibovespa em alta em 2024? Saiba se a bolsa pode ter recorde renovado neste ano e o que esperar do principal índice da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Ibovespa em alta em 2024? Saiba se a bolsa pode ter recorde renovado neste ano e o que esperar do principal índice da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

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O Ibovespa encerrou praticamente estável nas negociações de hoje, em meio ao aumento de expectativa pelo corte de gastos do governo e à queda do preço das commodities no mercado internacional.

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Ibovespa hoje

Embora as ações da Vale e da Petrobras pressionarem negativamente o índice, as ações ligadas à economia doméstica deram suporte à bolsa brasileira.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,03%, aos 131.043 pontos.

Últimas em Ibovespa

Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 130.200 pontos, enquanto na máxima tocou os 131.457 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 14 bilhões no Ibovespa e de R$ 20 bilhões na B3.

Dólar hoje

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O dólar comercial exibiu forte valorização contra o real, movimento observado também em outros mercados emergentes, em especial na América Latina.

Além da pressão negativa vinda dos preços das commodities, o aumento da expectativa de vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas foi outro vetor para a apreciação firme do dólar contra a moeda brasileira e seus pares.

Tal perspectiva de vitória de Trump teria pesado especialmente em um dia em que o republicano reforçou o discurso de sobretaxa em importações.

Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 1,33%, a R$ 5,6565, depois de ter tocado mínima de R$ 5,5813 e encostado na máxima de R$ 5,6648.

Perto do fechamento, o dólar também avançava 1,48% ante o peso mexicano; 1,42% ante o peso chileno e 0,85% contra o peso colombiano.

Hoje, o euro comercial encerrou a sessão exibindo valorização de 1,19%, a R$ 6,1583.

Bolsas de Nova York

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As bolsas de Nova York fecharam em queda pressionadas pela queda em torno de 4% dos preços do petróleo que impactaram as empresas de energia e pesaram no Nasdaq.

Queda de 8% nas ações da Unitedhealth provocada por aumento de custos também pesou no Dow, depois de ter registrado recorde de alta ontem.

No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,75% a 42.740,42, o S&P recuava 0,76% a 5.815,26 e o Nasdaq perdia 1,01% a 18.315,59 pontos.

Pressão veio também da queda de 16,26% das ações da ASML, fabricante de chips holandesa.

Embora tenha registrado lucro e receita no terceiro trimestre acima do ano passado, a empresa apresentou pedidos abaixo do esperado pelos analistas, o que levou a um movimento de vendas pelos investidores.

A queda da ASML impactou a Nvidia, que acabou fechando em queda de 4,69%, também influenciada pelas informações de que autoridades dos EUA querem limitar as vendas de chips avançados de Inteligência Artificial para certos países no interesse da segurança nacional.

Com a queda do petróleo, empresas do setor fecharam em forte queda.

Chevron caiu 2,67% e ExxonMobil perdeu 3%. No total, o setor de energia fechou em queda expressiva de 3,04%.

Mesmo os bancos que registraram lucro por ação acima do esperado e registraram ganhos no início do dia terminaram o dia com perdas.

Citi caiu 5,11%, Goldman Sachs perdeu 0,07% e Bank of America subiu 0,55%.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira (15), com exceção do DAX,de Frankfurt.

A forte queda do petróleo contribui para o recuo dos índices europeus, que tem uma forte concentração de petroleiras e mineradoras.

Também pressionou a forte queda nas bolsas de Xangai e de Hong Kong , respectivamente, de 2,5% e 3,67%, que impactou empresas ligadas a commodities.

No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,59%, a 521,69 pontos, o FTSE 100, de Londres, recuou 0,42%, a 8.258,02 pontos, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,94%, a 7.530,52.

Na contramão, o DAX, de Frankfurt, subiu 0,06% a 19.520,91.

O suporte para a bolsa alemã veio do índice ZEW de sentimento econômico, que mostrou melhora.

O índice, que rastreia a perspectiva de cerca de 350 especialistas financeiros, subiu para 13,1 em outubro, de 3,6 em setembro, superando as expectativas.

Embora o índice de sentimento tenha melhorado, o índice de situação atual se deteriorou ainda mais, caindo para -86,9, o menor nível desde maio de 2020.

Já no Reino Unido, dados mostraram uma desaceleração do crescimento dos salários e de vagas, o que deixou os investidores preocupados com uma queda no mercado de trabalho.

“A nova queda no crescimento salarial em agosto, juntamente com alguns sinais de que o mercado de trabalho continuou a se afrouxar gradualmente, aumenta as expectativas de que o Banco da Inglaterra cortará as taxas de juros de 5,00% para 4,75% na próxima reunião de política monetária em novembro”, disse Ashley Webb, economista do Reino Unido na Capital Economics.

As mineradoras Antofagasta (-4,52%), Glencore (-4%) e Anglo American (-3,45%), assim como as petroleiras BP (-3,89%) e Shell (-3,36%) ficaram entre os maiores recuos do dia com a queda de 5% no preço do petróleo, diante da informação de que Israel não pretende atacar a infraestrutura petrolífera do Irã em meio a uma desaceleração econômica da China.

Com informações do Valor Econômico

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