- Home
- Mercado financeiro
- Ibovespa
- Ibovespa corrige parte das perdas recentes e sobe 1,40% na semana; dólar cai 0,39%, mas acumula 5ª semana de alta
Ibovespa corrige parte das perdas recentes e sobe 1,40% na semana; dólar cai 0,39%, mas acumula 5ª semana de alta
O Ibovespa avançou na sessão desta sexta (21) e no acumulado dos últimos cinco dias, encerrando sequência de quatro semanas consecutivas no vermelho.
Em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações, investidores ponderaram as perdas recentes do mercado local e voltaram a adicionar algum risco ao portfólio, mesmo após dados de atividade acima do consenso nos EUA e de novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ibovespa hoje
No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,74%, aos 121.341 pontos, acumulando alta de 1,40% na semana. Na mínima intradiária, tocou os 120.061 pontos, e, na máxima, os 121.580 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 23,34 bilhões no Ibovespa e R$ 30,21 bilhões na B3.
Depois de quatro semanas seguidas de perdas, o Ibovespa encontrou espaço para avançar nas últimas quatro sessões e encerrar a sequência negativa.
Na sessão desta sexta, que teve volume acrescido por conta do vencimento de opções sobre ações, o índice até mesmo ignorou dados de atividade acima do consenso nos EUA e de novas críticas do presidente Lula ao presidente do BC, para avançar.
Sem grandes gatilhos específicos, analistas afirmam que investidores podem estar ponderando as perdas recentes do índice analisando oportunidades de curto prazo, “ainda que a convicção esteja baixa”.
Nessa linha, dados da B3 compilados pela SVN Gestão mostram que os investidores estrangeiros aportaram na bolsa brasileira, entre mercado à vista e futuro, mais de R$ 2,5 bilhões entre os dias 14 e 19 de junho (últimos dados divulgados até hoje).
Entre as ações preferidas, destaque para papéis de exportadoras e com receita em dólar, em linha com a depreciação do câmbio local.
Na semana, BRF ON subiu 10,31%, JBS ON teve ganhos de 7,20%, WEG ON apresentou alta de 5,96% e Petrobras PN avançou 5,88%. Na sessão, espaço também para a recuperação de algumas teses locais: Cogna ON subiu 7,41% e Localiza ON acumulou alta de 5,22%.
Analistas do Itaú BBA afirmam que o Ibovespa precisa continuar avançando para firmar movimento de recuperação.
Segundo análise técnica do banco, superada a resistência inicial em 120.700 pontos, os próximos alvos estão em 122.400 pontos, 123.200 pontos e 125.400 pontos — patamar que mantém o índice em tendência de baixa no curto prazo.
“Do outro lado, é importante lembrar que o índice permanece com risco de quedas acentuadas e os próximos suportes estão em 115.000 pontos e 111.600 pontos, a mínima de outubro de 2023”, dizem.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira em leve queda, interrompendo a sequência de cinco altas seguidas da moeda americana.
Operadores mencionaram algum ajuste na percepção de risco, após as altas sequenciais, ainda que essa correção tenha sido ameaçada e até limitada diante de novos comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a atuação do Banco Central e também sobre a desvalorização da moeda brasileira.
Apesar da queda de hoje, o dólar teve apreciação de 1,10% no acumulado desde segunda-feira, a quinta semana seguida de ganho frente ao real.
Terminadas as negociações, o dólar à vista exibiu desvalorização de 0,39%, cotado a R$ 5,4410, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4237 e encostado na máxima de R$ 5,4620.
Já o euro comercial encerrou a sessão em queda de 0,51%, a R$ 5,8171. Na semana, o euro valorizou 0,98%. No exterior, hoje, o dólar seguiu forte, com o índice DXY em alta de 0,22%, aos 105,817 pontos, perto das 17h05.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem direção única e com movimentos modestos nesta sexta-feira (21), marcada por uma volatilidade mais alta diante dos vencimentos simultâneos de opções de ações, futuros de índices de ações e contratos de opções de índices de ações — evento conhecido como “triple witching” e que ocorre trimestralmente.
O índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,04%, a 39.150,33 pontos; o S&P 500 recuou 0,16%, a 5.464,62 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,18%, a 17.689,36 pontos. Na semana, os dois primeiros índices acumularam ganhos de 1,45% e 0,61%, respectivamente, enquanto o Nasdaq ficou praticamente estável.
Uma das principais razões para o pior desempenho do S&P 500 e do Nasdaq foi a queda de 3,22% da Nvidia, que sofreu com uma correção do mercado após o rali de ações ligadas à inteligência artificial (IA) generativa. A empresa, que chegou a ocupar o posto de companhia de capital aberto mais valiosa do mundo, voltou à terceira posição, atrás de Apple e Microsoft.
Broadcom e Micron Technologies também puxaram as perdas do setor de tecnologia, com quedas de 4,38% e 3,22%, respectivamente.
Além disso, o dia foi de pouco apetite por risco diante da leitura mais forte que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em junho.
O dado sugere que a política monetária restritiva do Federal Reserve (Fed) não tem sido suficiente para conter a atividade, o que pode atrasar ou encurtar o ciclo de cortes de juros do banco central americano.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram a sexta-feira (21) em queda, após dados preliminares do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da região mostrarem queda na atividade econômica.
O PMI composto da Alemanha, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, caiu para 50,6 em junho ante 52,4 em maio, abaixo do consenso de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de 52,4.
Já o PMI composto da zona do euro caiu para 50,8 em junho, ante 52,2 em maio. O indicador ficou abaixo do consenso de 52,4. Por sua vez, o PMI composto do Reino Unido caiu para 51,7, ante 53,0 em maio, abaixo do consenso de 53,2.
Nesse contexto, o índice Stoxx 600 caiu 0,69%, a 515,34 pontos, com o setor bancário liderando as perdas, ao cair 1,50%. O DAX, e Frankfurt, recuou 0,50%, a 18.163,52 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 0,56%, para 7.628,57 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,42%, para 8.237,72 pontos.
Contudo, no acumulado da semana, o Stoxx 600 subiu 0,79%, o DAX teve alta de 0,90%, o CAC 40 escalou 1,67% e o FTSE avançou 1,12%.
Entre as ações, hoje, o destaque foi a Carlsberg, que fechou em queda de 9,32%, após a fabricante britânica de refrigerantes Britvic, que subiu 7,78%, confirmar que havia rejeitado duas propostas de aquisição da companhia.
Já a Zealand Pharma foi destaque positivo, disparando 18,6%, após resultados positivos de um estudo para um novo medicamento destinado à perda de peso.
Com informações do Valor Econômico
Leia a seguir