Ibovespa acima dos 140 mil pontos? Tese perde fôlego no mercado

Pesquisa mostra que maioria dos gestores deixou de apostar no cenário em que Ibovespa ultrapassa 140 mil pontos para 2024

Pesquisa revela de 47% dos gestores acreditam que Ibovespa deve ultrapassar 140 mil pontos em 2024.  Foto: Brendan McDermid/Reuters
Pesquisa revela de 47% dos gestores acreditam que Ibovespa deve ultrapassar 140 mil pontos em 2024. Foto: Brendan McDermid/Reuters

A maioria dos gestores da América Latina já não está tão otimista com a bolsa de valores do Brasil. É o que revela uma pesquisa do Bank of America com gestores do mercado financeiro divulgada nesta quarta-feira (14). Dos 32 entrevistados em fevereiro pelo estudo do banco norte-americano, 47% acreditam que o Ibovespa deve ultrapassar a marca de 140 mil pontos neste ano. Em janeiro, a parcela do mercado que previa esse cenário era de 63%.

O pessimismo também contaminou a percepção desses gestores sobre o desempenho do real brasileiro contra o dólar americano em 2024. Na pesquisa de janeiro, o BofA ouviu que 77% dos gestores apostavam em uma valorização da moeda nacional contra a americana neste ano. Agora, apenas 28% veem um câmbio mais fraco.

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Ibovespa mais fraco e sem 140 mil pontos; dólar mais forte

A pesquisa do Bank of America com gestores da América Latina revela que pouco mais de 40% dos entrevistados preveem o Ibovespa entre 130 mil e 140 mil pontos até dezembro de 2024. Em janeiro, quando o BofA conduziu a mesma pesquisa, 20% do mercado acreditava que o índice se manteria nessa faixa de pontuação.

Entre os gestores mais otimistas, que acreditam que o Ibovespa pode passar dos 140 mil pontos, pouco menos de 5% consideram que o principal índice da bolsa de valores deve superar o teto de 150 mil pontos. No primeiro mês do ano, o percentual do mercado que avaliava esse cenário superava os 10%.

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Por outro lado, cresceu a parcela de gestores que veem um câmbio mais favorável ao Brasil em 2024. A pesquisa mostra que 40% do mercado prevê uma estabilidade para o dólar contra o real.

Na contramão da percepção de uma moeda americana depreciada contra o par brasileiro, cresceu a parcela dos gestores que veem um dólar mais forte, de 20% para 30%. Mais de 60% dos entrevistados estimam que o câmbio deve ficar entre R$ 4,81 e R$ 5,10 até o final do ano.

Mais otimismo com Selic e PIB do Brasil para 2024

Apesar da tese do Ibovespa acima dos 140 mil pontos ter perdido fôlego entre gestores, a maioria do mercado, contudo, enxerga uma Selic terminal entre 8,75% a 9% ao final do ciclo de cortes do Banco Central, iniciado em agosto do ano passado.

Com a taxa de juros brasileira abaixo de 9%, mais de 40% dos gestores ouvidos pelo BofA espera um retorno maior de fluxo de investimento com destino em ações.

Além disso, segundo a pesquisa do Bank of America, houve um aumento no otimismo de gestores com o PIB real do Brasil para 2024. Pouco mais de 20% dos especialistas ouvidos preveem uma expansão do Produto Interno Bruto do país entre 2% e 3%.

Por outro lado, a previsão de crescimento do PIB entre 1% a 2% caiu de cera de 80% para 60%, conforme a pesquisa.

Por fim, o patrimônio sob custódia total dos gestores ouvidos pela pesquisa é de US$ 57 bilhões. Mais da metade está envolvida em gestão de ativos global.

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