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Ibovespa acompanha alta de mercados globais com progresso de negociação na Ucrânia
Com os agentes globais monitorando de perto as negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, e demonstrando certo otimismo, os mercados acionários começaram o pregão de terça-feira (29) no campo positivo. Localmente, agentes digerem ainda a troca no comando da Petrobras, anunciada pelo governo ontem como uma resposta para a alta nos preços dos combustíveis.
Às 10h48, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subia 0,98%, aos 119.899 pontos.
Pela manhã, o petróleo vinha subindo, beneficiado por declarações dos Emirados dos Árabes Unidos e da Arábia Saudita de que há pouca probabilidade de a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), marcada para esta semana, terminar com uma fragmentação da aliança do cartel com a Rússia. Os comentários referem-se a pedidos feitos a países da Opep para aumentar a produção mensal de modo a compensar o embargo do Ocidente aos barris russos.
A mudança de comportamento, porém, ocorreu com a sinalização de um arrefecimento no conflito Rússia-Ucrânia. Hoje, representantes de ambos os países se reuniram na Turquia para dar continuidade às negociações. Segundo informações da BBC, os russos teriam dito que irão reduzir drasticamente seus ataques à capital Kiev.
Localmente, a reação das ações da Petrobras após a troca em seu comando, que foi oficialmente anunciada ontem após semanas de fritura pública do CEO, Joaquim Silva e Luna, é o grande destaque dos negócios desta terça-feira. O novo diretor-executivo da estatal será Adriano Pires, especialista em energia e fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que é abertamente crítico ao controle dos preços de combustíveis.
Em artigos publicados recentemente, Pires tem defendido a constituição de um fundo provisório para reduzir o efeito da guerra na Ucrânia no aumento dos preços de combustíveis. Em meio à alta dos preços de combustíveis, ele também vinha se mostrando favorável ao aumento de programas sociais, como a criação de uma bolsa para caminhoneiros e a ampliação do “vale gás”. Mas é favorável à continuidade da venda de ativos da Petrobras, especialmente na área de refino.
“A sensação que dá é que o governo tinha necessidade de mostrar em público a indignação com a atual política de preços, porém com pouca possibilidade concreta de mudança, especialmente no curto prazo, em confluência com as demandas do executivo. Em resumo, a mudança com um nome altamente técnico é “para inglês ver”, pois reduz a possibilidade de interferências mais graves na atual política e na governança da empresa”, opina Jason Vieira, economista-chefe da Infinity.
(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)
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