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Com disparada da Petrobras, Ibovespa fecha em alta mesmo após ata do Fed
Após três quedas consecutivas, o Ibovespa conseguiu uma leve recuperação no pregão desta quinta-feira (7), dia em que os mercados se acalmaram após uma demonstração de dureza do Federal Reserve na ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Localmente, investidores avaliam se o processo de correção do índice pode se aprofundar após valorização de 37%.
Ao fim de um pregão no qual oscilou em torno da estabilidade, o Ibovespa fechou em alta de 0,54%, aos 118.862,12 pontos.
O S&P 500 inverteu sinal e fechou em alta de 0,43%, enquanto o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,24%.
O barril do Brent para junho, referência internacional, recuou 0,2%, a US$ 100,05.
As ações preferenciais da Petrobras dispararam 5,19%, a R$ 34,04 cada uma.
O comando da estatal volta ao radar após a União indicar nomes para a presidência-executiva e para a presidência do conselho da estatal. Depois dos reveses sofridos nos últimos dias, o governo apontou o químico José Mauro Ferreira Coelho para CEO da estatal e Márcio Andrade Weber para o conselho de administração.
Coelho é respaldado pelo histórico técnico na área de energia – ele é o atual presidente do conselho de administração da estatal PPSA. Mas Márcio Weber, o novo candidato a “chairman” da Petrobras, foi “solução interna”, uma vez que é integrante do atual conselho da petroleira. As indicações abrem caminho para que os acionistas elejam o novo conselho da Petrobras na assembleia marcada para o dia 13.
Ainda domesticamente, em relatório intitulado “Brasil: o que separa um rali de um bull market?”, o chefe da área de mercados emergentes e investimentos globais do Goldman Sachs, Caesar Maasry, e Jolene Zhong, analista do banco, afirmam que, desde 2006, as ações brasileiras registraram cinco “bull markets”, com retorno médio de 121% e períodos mais longos de tempo e nove ralis táticos, com retorno médio de 40%, e que normalmente duram menos de 10 meses.
Os fundamentos da economia local, neste momento, não justificam um otimismo maior com as ações do país, na visão do Goldman. “Prevemos um crescimento fraco do PIB real em 2022, de apenas 0,6%, com um aumento modesto para 1,4% em 2023, e suspeitamos que a inflação permaneça acima de 6% até o primeiro trimestre de 2023; embora um ciclo mais maduro de alta de juros signifique que o mercado provavelmente passará a precificar cortes, à medida que os sinais de inflação diminuem”, afirmam.
Lá fora, depois de um pregão em que sinais mais “hawkish” (agressivos) do Federal Reserve (Fed) motivaram o mau humor dos ativos de risco, os mercados iniciam a quinta-feira em um tom de calmaria, registrando oscilações estreitas perto da estabilidade. Na véspera, a autoridade monetária americana revelou, em ata, o plano de voo de enxugar seu balanço patrimonial ao ritmo de US$ 95 bilhões por mês e que muitos integrantes estão de acordo com elevações de 0,5 ponto percentual da taxa dos Fed funds nas próximas reuniões.
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