Ibovespa sobe aos 117 mil pontos, com forte avanço de varejistas
Americanas e grupo de moda Soma estão entre maiores altas do dia
Com os mercados globais mantendo forte volatilidade por conta do prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia, que vem pressionando os preços das commodities, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, teve a quinta sessão consecutiva de alta.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu 0,96%, para 117.272 pontos. A maior alta do pregão foi das ações das Americanas, de 6,7%, para R$ 28,32. O grupo Soma, que controla marcas como Hering e Farm, avançou 5,6%, para R$ 13,15.
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A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), divulgada pela manhã, foi mais explícita na intenção de o comitê encerrar o processo de aperto monetário já na próxima reunião, em maio, com uma taxa Selic de 12,75% deve influenciar a dinâmica dos ativos locais.
O Banco Central afirma no documento que “considerou que, neste momento, um ciclo de aperto monetário semelhante ao utilizado nos seus cenários é o mais adequado” e que tal patamar de juro básico é “significativamente contracionista”, surtindo impacto “principalmente na inflação de 2023, e é compatível com o combate aos efeitos de segunda ordem do atual choque de oferta”. Os cenários em questão empregam a mediana das estimativas do Boletim Focus para Selic, de 12,75% ao fim de 2022.
O Copom descreveu, ainda, o cenário alternativo para o petróleo, o qual pressupõe uma trajetória menos agressiva de preços. Tal instrumento leva em conta os preços de contratos futuros de petróleo, negociados em bolsas internacionais, e projeções de agências do setor, informou o BC. “Notou-se que ambos convergiam para um preço do barril abaixo de US$ 100 ao fim de 2022”, diz a ata do comitê.
De outro lado, o BC também faz uma sinalização de que, “caso o cenário prospectivo se mostre mais próximo ao observado no cenário de referência” — no qual os preços do petróleo partem de US$ 118 em março de 2022 e alcançam cerca de US$ 121 no fim de 2023 — “o Comitê avalia que este ciclo deverá ser ainda mais contracionista”.
Já no noticiário corporativo, o lucro líquido da JBS cresceu 61% no quarto trimestre, para R$ 6,5 bilhões, enquanto a receita líquida somou R$ 97,2 bilhões, alta de 28% na base anual. Foi o segundo melhor resultado para um trimestre, abaixo apenas do período anterior — julho a setembro — do ano passado.
A Unidas registrou lucro líquido de R$ 276,9 milhões no quarto trimestre, alta de 41% em relação ao mesmo período de 2020. A receita líquida cresceu 26% no período, para R$ 870,6 milhões. No ano, o lucro da companhia somou R$ 1,02 bilhão, recorde histórico e mais que o dobro do lucro apurado no ano anterior.
E a Eneva teve lucro líquido de R$ 489,4 milhões no quarto trimestre, queda de 29% em relação a igual período no ano anterior. A receita líquida somou R$ 1,68 bilhão, avanço de 38% na base anual. No ano, a Eneva viu o lucro crescer 16%, para R$ 1,17 bilhão, enquanto a receita totalizou R$ 5,12 bilhões, salto de 58% ante 2020.
(Com Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)