Ibovespa cai 0,88% com Magalu, Vale e siderúrgicas

Guerra na Ucrânia continua entre preocupações dos investidores

Bolsa de Valores de São Paulo, a B3 (Foto: Rafael Matsunaga/Wikimedia)
Bolsa de Valores de São Paulo, a B3 (Foto: Rafael Matsunaga/Wikimedia)

A Bolsa brasileira B3 operou em queda durante toda a terça-feira (15), com os investidores monitorando questões globais, como o avanço da Covid-19 na China e a indefinição da guerra na Ucrânia. A inflação no Brasil também desanimou o mercado.

O Ibovespa, principal índice local, teve queda de 0,88%, para 108.959 pontos. A pior baixa foi do Magazine Luiza (-8,63%, para R$ 4,87), que na segunda (14) divulgou um prejuízo ajustado de R$ 79 milhões de outubro a dezembro de 2021, ante lucro de R$ 232,1 milhões um ano antes. Com a baixa de 5,23% do minério de ferro, para US$ 136,19, a tonelada, mineradoras e siderúrgicas sofreram. A Usiminas perdeu 4,3%, a R$ 13,37, e a Gerdau recuou 4,54%, para R$ 27,56.

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O desenvolvimento da guerra na Ucrânia permanece no radar dos agentes financeiros. Na medida em que a Rússia prossegue o bombardeio de Kiev e a luta nas periferias da cidade se intensifica, líderes de Polônia, República Tcheca e Eslováquia devem se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O grupo de líderes do governo da Europa Central que visita Kiev oferecerá um amplo pacote de apoio à Ucrânia, disse o governo polonês.

Também cabe destacar que tem início hoje a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que deverá anunciar amanhã a primeira alta de juros em quatro anos para lidar com a maior inflação em quatro décadas. A comunicação do chairman Jerome Powell e a guerra na Ucrânia esfriaram apostas de um aperto superior a 0,25 ponto percentual para começar o ciclo.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também dá curso à reunião para decidir a taxa Selic. Ontem, o mercado passou a precificar um juro básico entre 13,75% e 14% ao fim de 2022, com a disparada dos rendimentos sobre os títulos soberanos.

A decisão se aproxima num momento em que os temores fiscais voltam à mesa. Investidores reagiram mal ontem após circularem rumores de que o governo Bolsonaro estaria analisando uma possível elevação temporária do Auxílio Brasil, informação que o ministro da Cidadania, João Roma, desmentiu.

Analistas ouvidos pelo Valor PRO apontaram que haveria incongruência em adotar medidas expansionistas ao mesmo tempo em que o Banco Central caminha para um terreno contracionista na política monetária.

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