Ibovespa fecha em leve alta, equilibrando política e exterior
Bolsa brasileira engata quatro pregões consecutivos de alta
O Ibovespa se equilibrou, hoje, entre um ambiente mais leve do mercado local, após a aprovação da PEC da Transição e o anúncio de parte do corpo ministerial do governo eleito; e as pressões negativas vindas de Nova York. A resiliência da economia americana faz analistas acreditarem que o Fed irá subir ainda mais as taxas de juros dos EUA. Com a leve alta de hoje, o índice completa quatro pregões positivos em sequência.
No fim da sessão, o referencial local registrou leve alta de 0,11%, aos 107.552 pontos, tocando os 106.510 pontos na mínima intradiária e os 108.383 pontos na máxima. Com isso, apresenta agora ganhos de 2,60% em 2022.
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Em Nova York, o S&P 500 recuou 1,45%, aos 3.822 pontos, Dow Jones fechou em queda de 1,05%, aos 33.027 pontos e Nasdaq oscilou negativamente em 2,18%, aos 10.476 pontos.
Dólar
O dólar à vista terminou a sessão de hoje em queda, em um dia de escassez de dados econômicos e com a atenção do investidor voltada à divulgação de ministros e secretários da equipe do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
No fim da sessão, o dólar comercial terminou em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,1857, tendo atingido a mínima de R$ 5,1588 perto da divulgação de nomes que assumirão o comando de ministérios no governo eleito. Já a máxima foi de R$ 5,2228.
Juros futuros
Os juros futuros deram prosseguimento ao movimento observado desde o início da semana e fecharam em queda firme, em um movimento de forte descompressão de prêmio de risco ao longo da curva a termo. O mercado reage positivamente ao enfraquecimento da PEC da Transição, cujo prazo foi reduzido de dois anos para 12 meses.
No fim do pregão de hoje, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caía de 13,775% no ajuste anterior para 13,63%; a do DI para janeiro de 2025 recuava de 13,24% para 13,00%; a do contrato para janeiro de 2026 cedia de 13,13% para 12,93%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 13,08% para 12,91%.
Haddad anuncia Ceron no Tesouro e Barreirinhas na Receita
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou oficialmente nesta quinta-feira (22) mais quatro nomes para seu time, que assume no começo de janeiro.
O auditor fiscal Rogério Ceron foi indicado como secretário do Tesouro Nacional e o advogado Robinson Barreirinhas terá o comando da Receita Federal.
Também foram anunciados Guilherme Melo como secretário de Política Econômica e Marcos Barbosa Pinto, responsável pela Secretaria de Reformas Econômicas.
Lula anuncia novo grupo de ministros
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira mais 16 ministros (veja nomes abaixo) que vão fazer parte do seu futuro governo. Lula disse que 13 nomes ainda estão indefinidos e prometeu anunciá-los até terça-feira (27).
Muitas das indicações já estavam definidas, mas foram adiadas em função das negociações em torno da PEC da Transição. O petista tem encontrado dificuldades para acomodar os interesses dos partidos que irão compor a base do governo no Congresso, e também em relação a pastas estratégicas cujos nomes preferenciais recusaram os convites.
“É mais difícil montar o governo do que ganhar as eleições”, disse Lula ao explicar a composição de seu novo governo. “Estamos tentando montar um governo que a gente consiga representar o máximo de forças políticas que nos ajudaram na campanha”, acrescentou.