Ibovespa fecha em queda no primeiro pregão de 2022

As incertezas fiscais voltaram ao radar dos investidores após líder do governo falar em rever teto de gastos

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O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, o Ibovespa, encerrou a segunda-feira (3) em queda de 0,86%, aos 103.921 pontos. O primeiro pregão de 2022 foi pressionado por novas incertezas fiscais após o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defender que o teto de gastos precisa ser revisto. “Teremos que rediscutir esse assunto porque o excesso de arrecadação é muito grande e a necessidade do governo é muito grande também”, disse Barros em entrevista ao Valor.

A possibilidade de um novo ataque à regra de responsabilidade fiscal, depois da novela da PEC dos Precatórios, pode contribuir para a elevação e a manutenção da taxa Selic em um patamar elevado. Esse cenário afeta principalmente as ações de empresas ligadas à economia doméstica, como construtoras e varejistas. Por outro lado, dá força aos papéis do setor financeiro.

Entre as ações mais negociadas do dia, subiram Itaú Unibanco (2,67%) e Bradesco (2,50%). Avançaram também Petrobras (2,25%) e Vale (0,05%).

Entre as maiores quedas da sessão ficaram os papéis da Cyrela (-7,98%), Alpargatas (-6,94%), Magazine Luiza (-6,93%), Multiplan (-6,78%) e JHSF (-6,63%).

O primeiro pregão do ano marcou ainda a estreia de três ações no índice Ibovespa: CSN Mineração (4,60%), 3R Petroleum (2,03%) e Positivo (-3,39%).

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