Ibovespa sobe no pregão, mas não evita queda de 3,7% na semana

Índice sofreu com notícias relacionadas à inflação nos EUA e lockdowns na China

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg/Reprodução O Globo)
B3, a Bolsa de Valores de São Paulo (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg/Reprodução O Globo)

Após uma semana turbulenta, o Ibovespa finalmente conseguiu um dia de alívio, ainda que pequeno diante das perdas acumuladas nos últimos pregões. O índice fechou a sexta-feira em alta de 0,45%, para 96.551 pontos. 

O desempenho positivo das ações brasileiras foi sustentado pelas primeiras altas de S&P 500 e Dow Jones na semana. Os índices acionários dos Estados Unidos fecharam altas de 1,92% e 2,15%, respectivamente. Enquanto isso, o Nasdaq Composite, que já havia avançado na véspera, subiu mais uma vez, com alta de 1,70%.

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Apesar de uma queda de 4,5% no contrato futuro do minério de ferro, ações brasileiras ligadas à commoditie se recuperaram e puxaram as altas do Ibovespa. Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) avançaram mais de 5%, enquanto Usiminas (USMIN5) subiu 4,1% e a Vale (VALE3) fechou em alta de 0,62% após recuar mais de 6% na véspera. 

As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) avançaram mais de 1,7% com o petróleo tipo Brent subindo quase 2% no exterior. Os papéis da PetroRio (PRIO3) avançaram 0,1%. 

Rafael Cota Maciel, gestor de renda variável da Inter Asset, acredita que o alívio nas bolsas vem de um noticiário menos negativo e da busca por ações baratas. “O sentimento é, talvez, de ‘pechincha’” afirma. “Estamos tendo um alívio, que talvez seja momentâneo porque ainda existe muita preocupação e incerteza, especialmente no exterior”, destaca. Para o longo prazo, ele ainda vê boas oportunidades para a bolsa.

Resumo da semana

A recuperação do Ibovespa foi leve e nem passou perto de ser suficiente para evitar uma queda semanal. Na comparação com o fechamento da sexta-feira passada (8), o índice perdeu 3,73%. 

A segunda semana de julho começou com o Ibovespa caindo do patamar dos 100 mil pontos após a China decretar lockdowns em mais três cidades e acender um alerta em todo o mundo sobre a possibilidade de mais fechamentos no país asiático e até em outros países. 

Na terça, o pregão foi de estabilidade após a forte queda de 2% na véspera. Na quarta-feira, nova queda: desta vez por causa do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que avançou 0,7% em junho na comparação com maio, enquanto o mercado esperava aumento de 0,5%. 

Finalmente, o Ibovespa chegou ao seu patamar de fechamento mais baixo na semana na quinta-feira depois que as ações da Vale (VALE3) despencaram 6,6% na esteira da queda do minério de ferro. A notícia ainda se relacionava com o primeiro dia da semana, enquanto investidores temiam menor demanda da China pelo minério de ferro com lockdowns para controlar as infecções de Covid-19.

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