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Ibovespa fecha em queda com cenário fiscal brasileiro e payroll dos EUA em pauta
Com investidores globais analisando a leitura de maio do relatório de emprego dos Estados Unidos, o “payroll”, e agentes locais temendo uma piora no ambiente fiscal, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (3).
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 1,15%, aos 111.103 pontos. Na semana, a retração do índice foi de 0,75%.
No cenário macro, investidores analisam a leitura do “payroll” nos Estados Unidos. O país criou 390 mil vagas de trabalho em maio, contra 328 mil do consenso. E a taxa de desemprego foi a 3,6%, 0,1% acima do esperado por economistas. Já os ganhos salariais por hora trabalhada cresceram 0,3%, ante expectativa de 0,4%.
Localmente, a produção da indústria brasileira cresceu 0,1% em abril ante março, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o terceiro resultado positivo seguido do setor, que acumula alta de 1,4% no período. Em março, o indicador teve alta de 0,6% (dado revisado a partir de +0,3% divulgado originalmente).
Já no cenário político, investidores seguem monitorando os esforços do governo e de congressistas para amenizar a alta nos preços dos combustíveis. Ontem, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, admitiu em entrevista à CNN Brasil a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro decretar estado de calamidade pública no país.
A medida permitiria pagar despesas fora do teto de gastos, com o uso de créditos extraordinários, como foi feito em 2020, durante a pandemia. “As discussões em torno de medidas para conter a alta dos preços dos combustíveis e energia que envolvem gastos fiscais, inclusive envolvendo a possibilidade de um novo decreto de calamidade, adicionam algum desconforto aos negócios”, afirmam analistas do BB Investimentos.
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