Mercado hoje: Ibovespa se descola do exterior e fecha estável; dólar cai a R$ 5,16

Investidores adotaram postura mais conservadora após euforia com o resultado das eleições

Sede da B3, a bolsa de valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
Sede da B3, a bolsa de valores brasileira. Foto: Divulgação/B3

O Ibovespa se descolou do exterior nesta terça-feira (4) e fechou próximo à estabilidade, com alta de 0,08%, para 116.230 pontos. Já o dólar fechou em leve queda ante o real, mesmo em dia de fraqueza da moeda no exterior. A divisa caiu 0,18%, negociada a R$ 5,1678.

Investidores locais deixaram de lado o ímpeto comprador observado na sessão de ontem e adotaram tom de cautela, visto principalmente nas ações de estatais. Após altas expressivas na véspera, Sabesp (SBSP3) fechou em queda 0,17%, Petrobras (PETR4) caiu 2,52% e Banco do Brasil (BBAS3) teve desvalorização de 5,38%.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Os investidores acompanham de perto a corrida presidencial, esperando definições das alianças que os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva farão para ganhar o pleito em segundo turno.

Ciro Gomes, do PDT, anunciou hoje apoio a Lula. O discurso foi moderado e sequer teve menção ao ex-presidente.

Por outro lado, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, disse que apoia o atual presidente. Bolsonaro não teve a maioria dos votos no estado e o apoio do político do Novo pode ajudar o atual mandatário a ter melhor desempenho em solo mineiro.

O ex-juiz e senador eleito Sérgio Moro, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, também anunciaram apoio a Jair Bolsonaro.

Até o fechamento do mercado, Simone Tebet não havia anunciado a quem apoiaria no segundo turno, mas a expectativa é de que a emedebista endosse a candidatura de Lula.

Lá fora, o apetite ao risco esteve relacionado à percepção do mercado de desaceleração da economia norte-americana, o que poderia fazer com o que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) seja menos agressivo na política monetária e suba os juros a patamares mais baixos que o esperado.

Mais cedo, a Austrália anunciou uma alta dos juros básicos menor do que a esperada pelo mercado. O banco central do país (RBA) aumentou suas taxas em 0,25 ponto percentual, para 2,6% ao ano, enquanto os agentes esperavam alta de 0,5 ponto percentual.

A autarquia citou deterioração nas perspectivas econômicas globais e preocupação com o orçamento das famílias para justificar o movimento menos agressivo.

Ontem, os principais índices acionários dos Estados Unidos mostraram força com as novas perspectivas para os juros. O Dow Jones subiu 2,66%, enquanto o S&P 500 avançou 2,59% e o Nasdaq ganhou 2,27%. Hoje, os movimentos de alta foram ainda mais fortes.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS