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Investidor começa o dia de olho na temporada de balanços dos EUA
Os investidores começam a terça-feira (18) de olho na temporada de balanços dos Estados Unidos. O Bank of America, o Morgan Stanley e o Bank of New York Mellon divulgam os resultados para o segundo trimestre do ano antes da abertura do pregão das bolsas de Nova York. O mercado quer ver se se mantém o forte resultado das instituições financeiras americanas.
Na semana passada, grandes bancos como JPMorgan e Wells Fargo reportaram lucros crescentes para o segundo trimestre. Estes resultados aumentaram o otimismo dos investidores de que a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para domar a inflação está funcionando sem causar muitos danos à economia.
Bolsas asiáticas fecham em baixa
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira (18), à medida que dados econômicos fracos da China seguem pesando no humor dos investidores. Nos mercados chineses, o índice Xangai Composto caiu 0,37%, a 3.197,82 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,26%, a 2.042,37 pontos. Também na volta de um feriado, o índice japonês Nikkei contrariou o viés negativo da região asiática, com avanço de 0,32% em Tóquio, a 32.493,89 pontos.
O Citi, por exemplo, revisou para baixo suas projeções de crescimento para a segunda maior economia do mundo em 2023. O banco americano cortou sua previsão de 5,5% para 5%, argumentando que a meta da China de crescer “cerca de 5%” este ano está agora em risco. Outros indicadores, como os de vendas no varejo, também alimentaram preocupações sobre o ritmo da recuperação chinesa, que perdeu força nos últimos meses. A bolsa brasileira já refletiu na segunda (17) os dados reportados pela China.
Como foi na segunda-feira
As bolsas americanas fecharam o pregão de segunda em alta, apoiadas pelos bons resultados corporativos locais. Em Nova York, Dow Jones subiu 0,22%, aos 34.585 pontos. S&P avançou 0,38%, aos 4.522 pontos. E Nasdaq teve alta de 0,93%, aos 14.244 pontos.
Agenda fraca no Brasil
No Brasil, a agenda de indicadores econômicos é fraca e o investidor deve assistir a outro dia morno na bolsa de valores.
Na segunda (17), a decepção com o crescimento da China, abaixo do esperado, deu o tom dos mercados. Ao longo da sessão, os analistas revisaram para baixo o preço das commodities, que têm na China seu principal mercado comprador.
A Vale (VALE3) caiu 1,11%, com a cotação do minério de ferro recuando. A Petrobras (PETR4), que chegou a descer mais de 3%, terminou até com uma queda leve de 0,21%. As duas companhias têm pesos determinantes para o Ibovespa.
O que pesa no ânimo do investidor
Também pesou no ânimo do investidor brasileiro o desempenho bem mais fraco que o esperado da atividade econômica em maio, que voltou a embutir nos preços dos ativos uma maior chance de o Banco Central ser mais agressivo na redução dos juros já em agosto.
A queda de 2% do IBC-Br (índice conhecido como ‘prévia do PIB’) na passagem de abril para maio surpreendeu negativamente o mercado. O resultado veio abaixo do piso das estimativas dos analistas, o que intensificou a sensação de perda de fôlego da atividade econômica e deu apoio à queda firme dos juros futuros.
O Ibovespa ficou praticamente no zero a zero e, não fosse a ‘mãozinha’ dos bancos brasileiros, a cesta com as principais ações listadas na B3 dificilmente conseguiria sustentar a alta de 0,43%, fechando o pregão aos 118.219,46 pontos. O principal índice da B3 foi beneficiado pelo avanço dos papéis dos bancos, que compensaram o desempenho mais fraco dos ativos ligados às commodities.
As ações do Itaú (ITUB4) subiram 1,94%; as do Bradesco (BBDC4) ganharam 1,59%; as do Banco do Brasil (BBAS3) tiveram alta de 0,88%; e as units do Santander avançaram 2,15%. O mercado aguarda o início da temporada de balanços das instituições financeiras.
Segundo Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, há uma expectativa de bons resultados trimestrais na temporada de balanços para os bancos no Brasil. A temporada da balanços começa nesta quarta-feira (19), com a Weg.
Agenda do dia
- 09h30: Vendas no varejo em junho nos EUA
- 11h: Produção industrial de junho nos EUA
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