Ibovespa fecha em alta mesmo com instabilidade no exterior; confira as ações de destaque do dia
Já o dólar caiu 1,08% e fechou a R$ 5,21, com eleições e exterior no foco
O Ibovespa fechou em leve alta de 0,77% aos 117.171 pontos, apesar do dia agitado nos mercados internacionais, que teve cenário político conturbado no Reino Unido e perspectivas de aperto financeiro mais forte nos EUA. Com isso, o principal índice da Bolsa engatou a quarta alta consecutiva nesta quinta-feira.
Já o dólar caiu 1,08% e fechou a R$ 5,21, com eleições e exterior no foco. O câmbio acompanhou o movimento de maior fraqueza da divisa americana no exterior, com a moeda local apresentando desempenho melhor que outros emergentes. O fato dos investidores observarem um encurtamento na distância entre os candidatos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial ajudou a dar impulso para a moeda local.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Pela manhã, a primeira-ministra, Liz Truss, renunciou ao cargo. Além disso, há sinais de que o Fed pode aumentar os juros acima do que se imaginava anteriormente.
Também os temores com a inflação global e a possibilidade de recessão estiveram no radar das bolsas pelo mundo.
Apesar da agitação no exterior, o principal índice da B3 conseguiu se descolar das quedas vistas nos mercados americanos, com a ajuda das ações da Petrobras.
Os papéis da estatal tiveram mais um dia de forte alta, mesmo com o petróleo estável no exterior. Quem também subiu forte foram os ativos do Banco do Brasil. Petrobras ON e PN subiam 2,68% e 2,96%, respectivamente. Banco do Brasil ON subiu 4,68%.
Vale ON subiu 1,28% e CSN ON, 3,96%. Usiminas PN avançou 2,99%. No setor financeiro, Itaú PN e Bradesco PN tiveram altas de 1,55% e 1,15%, respectivamente.
Para analistas, a percepção de redução na distância entre os candidatos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) após a divulgação de pesquisas recentes, tem favorecido os ativos de risco locais.
Confira as ações que mais se destacaram no dia entre as empresas de grande volume:
- Banco do Brasil (BBAS3): + 4,68%
- CSN (CSNA3): + 3,96%
- Natura (NTCO3): + 3,53%
- Usiminas (USIM5): + 2,99%
- Usiminas (USIM3): + 2,97%
Entre as maiores baixas, Americanas ON caiu %. Magazine Luiza ON, 2,39% e Via ON, 7,06%.
Cyrela ON cedeu 3,48% e Eztec ON, 3,11%.
Exterior
A preocupação com uma possível recessão global continua, enquanto a inflação permanece forte nos países desenvolvidos e os bancos centrais indicam continuidade do aperto monetário em curso.
De acordo com dados da CME Group, a maior parte das apostas é que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve em 0,75 ponto porcentual os juros nas próximas duas reuniões.
Há pouco, o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia melhorou de -9,9 em setembro para –8,7 em outubro, enquanto o consenso era de –5.
Já os pedidos de seguro-desemprego nos EUA somaram 214 mil na semana passada, abaixo do consenso de 230 mil, demonstrando que o mercado de trabalho no país se mantém forte.
Reino Unido
A turbulência global pode aumentar, também, com a renúncia de Liz Truss ao cargo de primeira-ministra do Reino Unido, anunciada há pouco.
O país ficou no foco após um plano econômico mal recebido pelo mercado levar à alta expressiva dos juros de gilts, fazendo o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) interferir. Após o anúncio da saída de Truss, os rendimentos dos gilts operavam em queda e a bolsa de Londres, em alta.
Cenário interno
No noticiário doméstico, o mercado aguarda os números de desempenho de vendas do GPA no terceiro trimestre, que serão divulgados após o fechamento do mercado. O Assaí também reporta, depois do pregão, os resultados financeiros e operacionais do trimestre.
Outro fator importante no cenário doméstico é o pleito presidencial.
Pesquisa Datafolha divulgada após o fechamento dos negócios ontem mostrou o petista com 49% das intenções totais de voto contra 45% do atual presidente – o que corresponde a um empate técnico no limite da margem de erro.
No último pregão, a Petrobras foi um dos destaques, impulsionada pelo preço do petróleo no mercado internacional.