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Bolsa fecha em alta apesar de retirada de estímulos nos EUA
Desde a manhã desta quarta-feira (15) o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, oscilou entre alta e baixa enquanto os investidores analisavam os efeitos da aceleração da retirada dos estímulos à economia pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Conforme esperado, o Fed anunciou nesta tarde que vai aumentar a velocidade do chamado tapering. Até agora, o Fed havia diminuído a compra de títulos públicos e hipotecários em, respectivamente, US$ 10 bilhões e US$ 5 bilhões, o que significa que estava despejando mensalmente US$ 90 bilhões no mercado.
Agora, vai diminuir a compra dos títulos privados em US$ 20 bilhões e a dos hipotecários em US$ 10 bilhões. Além disso, avisou que os montantes passarão para US$ 40 bilhões e US$ 20 bilhões no começo de janeiro. Boa parte dos recursos estava sendo usada por investidores em operações no mercado financeiro, inclusive em outros países, como o Brasil. Com menos dinheiro sobrando no mercado, é possível que a Bolsa brasileira recue e o dólar se aprecie ante o real.
“Hoje o Fed adotou uma postura um pouco mais mais dura em termos de precaução com a inflação do que preocupado com a atividade [econômica]”, diz Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.
Segundo Cruz, a mudança é clara dada a retirada da palavra transitória para descrever a inflação. Além disso, o Fed projeta uma inflação mais alta. Ao mesmo tempo, o banco está otimista com o crescimento econômico e com a taxa de emprego. “Isso deve fortalecer o dólar contra as principais moedas porque os Estados Unidos está nessa posição de ter uma economia crescendo e possibilitando a alta de juros, ao contrário, por exemplo, de outras regiões fortes como a Europa”, afirma Cruz.
O Ibovespa conseguiu se firmar no terreno positivo no fim do pregão, encerrando em alta de 0,63%, a 107.431 pontos.
As ações dos frigoríficos Minerva, JBS e BRF estavam entre as maiores altas do Ibovespa, após a China liberar as importações de carne brasileira. As empresas estavam proibidas de vender para o pais asiático desde o início de setembro, quando surgiram relatos de casos do mal da vaca louca em Minas Gerais e Mato Grosso.
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