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Indicados para eventual governo Trump devem provar lealdade, diz chefe de transição
Co-presidente da equipe de transição de Donald Trump, Howard Lutnick afirmou, nesta segunda-feira (7), que as pessoas indicadas para o próximo governo do ex-presidente, caso ele vença as eleições em 5 de novembro, devem provar sua “lealdade” e criticou o “Projeto 2025” da Fundação Heritage como “radioativo”.
Em entrevista ao “Financial Times” (FT), Lutnick disse que, após as disputas internas e a rotatividade de funcionários que caracterizaram o primeiro mandato do candidato republicano, os indicados para um novo governo Trump precisariam demonstrar “fidelidade” à agenda e ao próprio presidente.
“Aquelas pessoas não eram fiéis à visão dele”, disse Lutnick, referindo-se aos principais assessores que saíram da Casa Branca de Trump ou se tornaram hostis à sua presidência. “Todos estarão do mesmo lado, todos entenderão as políticas, e daremos às pessoas os cargos com base em sua capacidade — e sua fidelidade e lealdade à política, bem como ao homem.”
Trump nomeou Lutnick e a ex-CEO da World Wrestling Entertainment, Linda McMahon, para selecionar indicados e redigir políticas em agosto, dando-lhes apenas alguns meses para encontrar milhares de candidatos potenciais, incluindo para cargos cruciais, como os chefes dos departamentos de Defesa e do Tesouro.
Mandato “rápido e furioso”
O co-presidente descreveu seu trabalho de seleção de candidatos como o de um “pintor de um mosaico” e disse que os indicados precisariam estar preparados para um novo mandato de Trump “rápido e furioso”. Segundo ele, Trump executaria sua agenda com uma “velocidade que ninguém jamais viu antes”, se fosse eleito novamente, em novembro.
Durante a entrevista ao jornal britânico, Lutnick também descartou o chamado Projeto 2025, o polêmico plano para o governo Trump criado pelo think-tank conservador Heritage Foundation.
“O Projeto 2025 é um absoluto zero para a transição Trump-Vance”, disse o bilionário. “Você pode usar outro termo — radioativo.”
Campanha de Kamala
A candidata democrata Kamala Harris fez do plano radical do Projeto 2025 uma peça central de seus esforços para retratar Trump como um extremista em questões como o aborto. Mas enquanto Trump e sua campanha tentam se distanciar do Projeto 2025, muitos de seus aliados desempenharam papéis críticos na redação do manifesto.
A disputa entre os dois candidatos para a eleição de 5 de novembro está acirrada, com poucas diferenças entre eles nos Estados decisivos que determinarão o resultado.
*Com informações do Valor Econômico
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