Investidor Daniel Loeb vê cerca de US$ 1 trilhão em valor inexplorado na Amazon

O investidor Daniel Loeb, cujo fundo Third Point tem US$ 784 milhões investidos na Amazon, disse que vê cerca de US$ 1 trilhão em valor inexplorado na gigante do comércio eletrônico

Fonte: Pixabay
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O investidor Daniel Loeb, cujo fundo Third Point tem uma participação significativa na Amazon.com, disse na quarta-feira (16) que vê cerca de US$ 1 trilhão em valor inexplorado na gigante do comércio eletrônico.

Loeb disse, em uma teleconferência com os investidores, que o mercado não reconhece o valor total dos dois negócios da Amazon: sua principal operação de comércio eletrônico e sua unidade de nuvem, a Amazon Web Services (AWS). A teleconferência era para falar sobre o desempenho da Third Point em 2021 e suas perspectivas para este ano.

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A AWS é avaliada em mais de US$ 1,5 trilhão. Vale, portanto, quase tanto quanto o valor de mercado da empresa, que é avaliada em US$ 1,6 trilhão, de acordo com uma imagem compartilhada na teleconferência. Enquanto isso, o negócio de varejo da Amazon pode valer cerca de US$ 1 trilhão.

Não há sinal de que Loeb, um dos acionistas mais conhecidos, esteja planejando uma campanha ativista na Amazon. A análise básica da soma das partes da Amazon tem sido amplamente discutida nos últimos anos em Wall Street — especialmente desde que os reguladores antitruste começaram a se concentrar no crescente poder de grandes empresas de tecnologia como a Amazon, alimentando conversas sobre possíveis desmembramentos.

A Third Point tinha no fim do ano uma participação na Amazon avaliada em US$ 784 milhões, de acordo com um documento regulatório enviado no início desta semana. O fundo tinha uma participação de aproximadamente US$ 608 milhões três meses antes, que foi aumentada por compras de ações adicionais pela Third Point.

A Third Point compartilhou com outros fundos, nas últimas semanas, a ideia de que uma cisão da AWS poderia fazer sentido, inclusive porque poderia ajudar a aliviar as preocupações dos reguladores sobre o poder de mercado da empresa, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Embora a AWS represente menos de 13% da receita da gigante de tecnologia de Seattle, é considerada a geradora de caixa da Amazon.

Mais conhecida por sua plataforma de varejo, a Amazon foi pioneira em computação em nuvem. A Amazon lançou a AWS em 2006 e teve uma vantagem de um ano na competição antes de empresas como Microsoft e Google começarem a oferecer serviços concorrentes.

Hoje, a AWS é classificada como o maior provedor de nuvem do mundo, de acordo com a empresa de pesquisa Gartner. Se desmembrada, estaria entre as maiores empresas de tecnologia do mundo. A AWS foi administrada por Andy Jassy até julho, quando ele substituiu o fundador Jeff Bezos como executivo-chefe da Amazon.

A Amazon está no foco de uma investigação do Congresso sobre o poder de monopólio das plataformas de tecnologia, que inclui Apple e Alphabet, controladora do Google. Após uma investigação de 16 meses, legisladores da Câmara propuseram um projeto de lei que busca fazer com que a Amazon e outras grandes companhias se dividam em duas ou abandonem suas linhas de produtos de marca própria.

Para a Amazon, isso pode significar separar seus dispositivos de marca própria, como alto-falantes Echo, de seu mercado online.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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