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Com alta nos planos de saúde, IPCA-15 de junho fica em 0,69%
Os planos de saúde foram a principal pressão para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de junho, que é considerado a prévia da inflação oficial no país, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços dos planos de saúde subiram 2,99% e responderam por 0,10 ponto percentual da taxa de 0,69% do IPCA-15 de junho.
O aumento reflete o reajuste de até 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio. Para o cálculo da inflação, o reajuste é aplicado, de forma proporcional, mês a mês. Isso porque o reajuste autorizado pela ANS passa a vigorar no mês de aniversário de contrato de cada plano de saúde, ou seja, o ciclo se encerra em abril de 2023.
A percepção da alta dos preços para o consumidor tende a ser mais significativa porque, em 2021, a ANS tinha determinado redução, com reajuste negativo de 8,19%. Na pandemia, consumidores reduziram o uso de plano de saúde para outras doenças em função do isolamento social.
Os preços do grupo de saúde e cuidados pessoais, do qual o plano de saúde faz parte, tiveram alta de 1,27% pelo IPCA-15 de junho, o que representa um impacto de 0,16 ponto percentual no índice. Além do plano de saúde, houve influência também da alta de 1,38% nos produtos farmacêuticos, com impacto de 0,05 ponto percentual no índice do mês.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta e na abrangência geográfica. No caso do IPCA-15 de junho, a coleta se deu entre os dias 14 de maio e 13 de junho.
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