IPCA desacelera a 0,21% em junho e fica abaixo das expectativas

A inflação em 12 meses, no entanto, avançou a 4,23%

Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O IBGE informou nesta quarta-feira (10) que o IPCA variou 0,21% em junho de 2024. Assim, o índice de preços ao consumidor amplo desacelerou em relação à taxa de 0,46% observada em maio.

Com o resultado, o Brasil agora tem inflação de 4,23% no acumulado em 12 meses ante 3,93% da leitura do mês anterior.

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Além disso, o IPCA de junho ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro. No Boletim Focus, o consenso era de alta de 0,32%, o que levaria o índice a 4,39% na soma em um ano.

Destaques do IPCA de junho

Conforme o IBGE, o grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,44% e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o IPCA de junho. Contudo, a variação foi menor que a capturada em maio (0,62%).

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Na alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). Entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

Por outro lado, entre as altas, o destaque ficou por conta dos preços da batata inglesa (14,49%), do leite longa vida (7,43%) e do arroz (2,25%).

Adiante, segundo o IBGE, o grupo com maior variação foi saúde e cuidados pessoais, que teve alta de 0,54%. Isso influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e também pela alta dos planos de saúde, de 0,37%.

Por fim, no grupo transportes (-0,19%), houve queda na passagem aérea (-9,88% e -0,06 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.

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