IPCA de julho registra deflação de 0,68%, maior retração desde 1980

Expectativa dos analistas era de uma deflação de 0,66%

Corte de imposto sobre combustíveis está ajudando a reduzir preços da economia (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Corte de imposto sobre combustíveis está ajudando a reduzir preços da economia (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indicou variação negativa dos preços no país de 0,68% em julho, segundo informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na manhã desta terça-feira (9). É a maior retração do índice desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada está em 4,77%; em 12 meses, 10,07%.

A queda dos preços dos combustíveis é o principal motivo para essa deflação. Os preços do grupo de produtos de transportes que teve queda 4,51% e contribuiu com o maior impacto negativo no índice de julho.

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Em julho, os preços da gasolina caíram 15,48% e os do etanol, 11,38%. A gasolina sozinha foi o produto que mais contribuiu para a queda do IPCA, com 1,04 ponto percentual.

A Petrobras anunciou em 20 de julho uma redução de 20 centavos no preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras. Além disso, no final de junho, o governo federal sancionou a lei que reduziu o ICMS (Índice sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. Essa redução afetou não só o grupo de transportes mas também o de habitação, que teve retração de 1,05%, por conta da baixa de 5,78% na energia elétrica.

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Essas foram as únicas categorias com redução de preços no mês passado, de acordo com o IBGE. A maior variação positiva foi do grupo alimentação e bebidas, cujos preços subiram 1,30%, acelerando em relação a junho, quando havia ficado em 0,8%. O grupo vestuário subiu 0,58% e o de saúde e cuidados pessoais, 0,49%, mas desacelerando ante o mês anterior, quando haviam ficado em 1,67% e 1,24% respectivamente.

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