IPCA: alimentos e passagens aéreas puxam alta de 0,28% da inflação em novembro

Taxa acumulada em 12 meses desacelerou a 4,68% e voltou a ficar dentro do teto da meta

Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Preços de mercadorias exibidos em supermercado no Rio de Janeiro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O IBGE informou nesta terça-feira (12) que o IPCA ficou em 0,28% em novembro contra 0,24% de outubro de 2023. Agora, a inflação oficial brasileira acumula uma taxa de 4,68% em 12 meses ante 4,82% da leitura do mês passado.

Os resultados vieram levemente abaixo das expectativas dos agentes financeiros. Conforme as Projeções Broadcast, o consenso do mercado indicava uma alta de 0,29% para o índice mensal e uma taxa de 4,69% para a soma em um ano.

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Assim, a inflação voltou a ficar dentro do teto da meta para 2023, que é de 4,75%.

Alimentos mais caros

Ao detalhar os dados, o IBGE apontou que a subida do IPCA em novembro foi pressionada pelo grupo de alimentos e bebidas, que registrou a maior variação (0,63%) e o maior impacto (0,13 ponto percentual) geral.

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As altas da cebola (26,59%), da batata-inglesa (8,83%), do arroz (3,63%) e das carnes (1,37%) puxaram a expansão de 0,75% do subgrupo alimentação no domicílio. Entre as quedas, destacaram-se o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

A alimentação fora do domicílio também ficou mais cara em novembro, de 0,32%, mas desacelerou em relação ao mês anterior, quando teve expansão de 0,42% nos preços. Além disso, a alta da refeição (0,34%) foi menos intensa que a observada em outubro (0,48%).

O grupo habitação (0,48%) também pesou no IPCA de novembro. A energia elétrica residencial fechou o mês com preços 1,07% acima de outubro. Os preços na taxa de água e esgoto tiveram expansão de 1,02%, enquanto o gás encanado subiu 0,29%.

Passagens aéreas pesam no bolso

Ainda entre os grupos que pressionaram o IPCA em novembro, a alta de 0,27% em transportes foi influenciada por novo aumento nos preços da passagem aérea (19,12%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice do mês.

O grupo ainda foi afetado pela alta do táxi (2,22%) ante outubro.

Por outro lado, os combustíveis caíram 1,58%, já que a gasolina (-1,69%) e o etanol (-1,86%) apresentaram redução de preço, com o óleo diesel (0,87%) e o gás veicular (0,05%) registrando alta.

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