Inflação: IPCA fica em 0,24% em outubro, abaixo das expectativas
Já a taxa em 12 meses desacelerou a 4,82%
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (10) que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) variou 0,24% em outubro. Isso depois de ter ficado em 0,26% em setembro.
A taxa acumulada em 12 meses da inflação oficial brasileira desacelerou a 4,82% ante 5,19% da leitura do mês anterior.
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Os resultados ficaram abaixo das expectativas dos agentes financeiros. As medianas das previsões eram de 0,29% para o índice mensal e de 4,87% para a soma em um ano, conforme as Projeções do Broadcast.
Gasolina em queda, passagem aérea em alta
Entre os destaques do IPCA de outubro, o IBGE apontou que o maior impacto individual (0,14 ponto percentual) veio dos preços das passagens aéreas. Afinal, saltaram 23,70% na comparação com o mês anterior, quando já haviam variado 13,47%.
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“Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores. Por exemplo, como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, comentou o gerente da pesquisa, André Almeida.
Além dos bilhetes aéreos, o avanço de 0,35% do grupo transportes no mês foi puxado pelas subidas nos valores do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%).
Por outro lado, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram e ajudaram a amenizar o índice.
“A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice (-0,08 p.p) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes”, acrescentou Almeida.
Alimentos voltam a fica mais caros
Na sequência dos principais dados, o IBGE indicou que o grupo de alimentação e bebidas, que vinha de quatro deflações consecutivas, subiu 0,31% em outubro.
A alimentação no domicílio subiu 0,27%, com a alta impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).
Já a alimentação fora do domicílio (0,42%) ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%) e do lanche (0,19%).
Por fim, entre os grupos pesquisados no IPCA, o único que registrou deflação foi o de comunicação (-0,19%), favorecido pelas quedas nos preços dos aparelhos telefônicos e dos planos de telefonia fixa.