O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou, nesta quarta-feira (2), que os ataques contra o território de Israel foram concluídos, a menos que Israel decida realizar novas retaliações.
Em publicação nas redes sociais, Araghchi anunciou que, se houver resposta dos israelenses ao ataque de terça-feira (1º), em que pelo menos 180 mísseis foram disparados contra diversas regiões de Israel, a retaliação iraniana “será ainda mais forte e mais poderosa”.
“Exercemos autodefesa sob o artigo 51 da Carta da ONU, visando apenas locais militares e de segurança responsáveis pelo genocídio na Faixa de Gaza e no Líbano”, declarou o ministro. “Nós só realizamos [o ataque] depois de exercer tremenda contenção por quase 2 meses, para dar espaço para um cessar-fogo em Gaza”.
Além disso, Araghchi teria feito uma série de ligações diplomáticas, inclusive para ministros das Relações Exteriores da Europa, insistindo que o Irã não buscava uma escalada. Ao contrário dos ataques israelenses no Líbano, os alvos do Irã foram estritamente militares e não civis, afirmou ele em coletiva de imprensa.
Questionado se o Irã havia dado algum aviso direto aos EUA sobre os ataques, ele afirmou que não, mas que o país trocou mensagens através da embaixada suíça em Teerã, dando os avisos necessários aos EUA. Essa mensagem foi enviada após o Irã ter lançado os mísseis contra Israel.
Parte do objetivo das ligações de Araghchi foi transmitir os limites da operação iraniana e instar os EUA e a Europa a insistirem, por sua vez, que Israel mostre moderação em sua resposta. “Eu antecipo que podemos gradualmente testemunhar o retorno a alguma forma de estabilidade na região nos próximos dias”, completou
O ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, também instou a Europa a conter Israel. “Caso contrário, eles enfrentarão a resposta do Irã e a região entrará em uma grande guerra”, disse ele.
*Com informações do Valor Econômico
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