Itaú BBA e Credit Suisse recomendam compra da Prio (PRIO3), mas divergem sobre preço-alvo
A Prio (PRIO3), empresa do setor de energia, deve registrar uma valorização em suas ações, impulsionadas pela compra da Dommo, antiga OGX. Segundo os especialistas do Itaú BBA e do Credit Suisse, há um espaço considerável parta a valorização dos papéis.
Os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello do Itaú BBA afirmam que a negociação deve gerar cerca de R$ 450 milhões em valor presente líquido para a Prio. O número equivale a R$ 0,5 por ação da petrolífera, ou 2% de potencial de alta sobre o fechamento de ontem.
A Dommo possui perdas acumuladas de R$ 7,9 bilhões que poderão ser utilizadas de forma gradual pela Prio como benefícios fiscais, gerando R$ 792 milhões em valor presente líquido, dizem os analistas.
Um dos pontos que a Prio precisa esclarecer é sobre como vai lidar com as obrigações da Dommo, que chegam a R$ 749 milhões, incluindo R$ 432 milhões em provisões e R$ 311 milhões em PIS e Cofins.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para a Prio, com preço-alvo em R$ 45,14.
Credit Suisse
A compra da Dommo Energia é um movimento natural e esperado para a Prio, diz o Credit Suisse. O banco destaca que a empresa unifica as participações nos campos de Polvo e Tubarão Martelo, capturando todo o potencial dos ativos em futura revitalização dos poços.
Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, analistas do Credit Suisse, avaliam que o valor máximo da transação, que pode chegar a R$ 943 milhões, representa somente 4% do valor de mercado da Prio, trazendo poucos efeitos materiais para as ações pois adiciona baixa capacidade de produção.
Eles também apontam que a Prio vai ganhar benefícios tributários com a transação, uma vez que a Dommo tem perdas acumuladas de R$ 1 bilhão, de acordo com o balanço do segundo trimestre, com a companhia conseguindo monetizar pelo menos parte do montante em créditos fiscais.
O Credit Suisse tem recomendação de compra para Prio, com preço-alvo em R$ 38.
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