Itaú BBA: Petrobras terá desafios para manter paridade de preços mesmo com novo presidente

A alocação ineficiente de capital pode ser mais uma vez o calcanhar de Aquiles da empresa, aponta o relatório do banco

Foto: Reprodução/Acervo TV Globo
Foto: Reprodução/Acervo TV Globo

A Petrobras pode enfrentar desafios recorrentes para garantir a convergência de preços para a paridade internacional em meio aos altos preços do petróleo, apesar de o indicado para ser o novo diretor-presidente da empresa, Adriano Pires (foto), ter defendido a autonomia da Petrobras na definição de sua política de preço de combustíveis, diz o Itaú BBA.

“No curto prazo, esperamos que os investidores se concentrem na política de preços de combustível da empresa e nas potenciais mudanças na diretoria”, escrevem os analistas Leonardo Marcondes e Monique Greco, em relatório.

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Segundo eles, manter a paridade internacional não é apenas importante para garantir uma perspectiva sustentável para o abastecimento brasileiro de combustíveis, mas também para ajudar a Petrobras a atingir sua meta de alienar parte significativa de sua capacidade de refino.

“A alocação ineficiente de capital pode ser mais uma vez o calcanhar de Aquiles da empresa e deve ser a principal preocupação dos investidores. Neste ponto, acreditamos que o principal risco da Petrobras é a manutenção de seu plano de negócios e, consequentemente, de sua estratégia de alocação de capital”, afirmam eles.

Ontem à noite, o governo anunciou que substituiria o atual diretor-presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, por Adriano Pires, consultor no setor de energia, destacam os analistas, e também foi confirmada a indicação de Rodolfo Landim para presidente do conselho de administração da companhia.

O Itaú BBA manteve sua recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 38 para ações preferenciais, potencial de alta de 20% ante o fechamento de ontem, e preço-alvo de US$ 14 para recibos de ações (ADRs), após o fechamento de US$ 14,69 no dia anterior.

 

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