JBS (JBSS3) retoma plano de listar ações em Nova York

Gigante brasileira de alimentos avalia que negócio pode ajudá-la a ter uma avaliação mais parecida com as de rivais globais

Fachada da JBS em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo
Fachada da JBS em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

A JBS (JBSS3) anunciou nesta quarta-feira (12) plano para a listagem de suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). Assim, a companhia retoma o plano interrompido há cerca de seis anos.

A gigante companhia de alimentos, dona da marcas Seara e Friboi, afirmou que o objetivo da operação é ampliar o acesso de investidores às ações da JBS.

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A empresa acrescentou que a transação permitirá adequar sua estrutura societária ao seu perfil global. Afinal, já tem operações em vários países, incluindo Estados Unidos e Austrália.

A JBS avalia que o negócio pode destravar o valor de suas ações e ampliar a capacidade de investimento e competição com rivais globais.

De acordo com o fato relevante, a listagem na Nyse permitirá “ampliar o acesso a uma base maior de investidores”. Além disso, lhe dará flexibilidade para eventualmente captar recursos no mercado via emissão de ações, com menor custo de capital.

Como parte da operação, a JBS (JBSS3) vai inverter o desenho atual, em que as ações listadas na B3 têm os respectivos recibos (ADRs) negociados na bolsa norte-americana. Quando concluído o negócio, em vez de ações, a B3 terá negócios com recibos de ações (BDRs) dos papéis transacionados na Nyse.

A JBS proporá ainda pagar R$ 2,218 bilhões em dividendos, que podem “servir como fonte de recurso para eventual tributação incorrida por determinados acionistas”.

Em outubro de 2017, a JBS cancelou uma oferta inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos de sua subsidiária JBS Foods International BV na esteira dos desdobramentos da revelação de um esquema de corrupção envolvendo executivos do grupo e pagamento de propina a políticos, que implicou o presidente Michel Temer.

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