Justiça autoriza proposta de financiamento DIP para Americanas de até R$ 2 bi; entenda

Operação será dividida em duas tranches e acionistas de referência vão integralizar emergencialmente até a totalidade da primeira delas, de R$ 1 bilhão

Homem passa por loja da Americanas em Brasília. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Homem passa por loja da Americanas em Brasília. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A Americanas informou que a Justiça autorizou nesta quinta-feira proposta de financiamento extraconcursal na modalidade “debtor-in-possession” (DIP) de até R$ 2 bilhões. A operação será dividida em duas tranches e os acionistas de referência — Jorge Paulo Lemman, Marcel Telles e Beto Sicupira — vão integralizar emergencialmente até a totalidade da primeira delas, de R$ 1 bilhão, diz a companhia.

Em fato relevante assinado por Camille Loyo Faria, diretora financeira e de relações com investidores, a varejista diz que o financiamento DIP foi autorizado pelo juízo da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira. A operação será feita por meio da emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, para colocação privada, sendo uma primeira tranche de R$ 1 bilhão e o restante, em janelas de prazos subsequentes, até o vencimento das debêntures, diz o texto.

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Segundo a companhia, a operação foi estruturada de forma a manter o curso normal dos negócios e reforçar sua liquidez. “Com os recursos do Financiamento DIP, em conjunto com outras fontes de liquidez sendo exploradas pela Companhia, incluindo a liberação de valores retidos por determinados credores, a Companhia poderá manter seus investimentos em capital de giro, incluindo pagamento a fornecedores, empregados e parceiros.”

A Americanas diz que o DIP não contará com garantias, terá um custo de até 128% do CDI, prazo de vencimento de 24 meses, ressalvadas as hipóteses de resgate e/ou vencimento antecipado, e poderá ser pré-pago sem qualquer penalidade, a critério da companhia. Segundo a varejista, esse custo é equivalente à média de financiamento da empresa antes de 11 de janeiro.

Por Adriane Castilho, Valor Econômico — São Paulo

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