Microsoft revela impacto da inteligência artificial no 1º tri; Wall Street está otimista

As ações da Microsoft avançam 7% nesta manhã, cotadas a US$ 295,15, num movimento impulsionado pelos resultados do trimestre encerrado em março

Bill Gates doou grande parte do patrimônio, mas segue entre os mais ricos do mundo. Foto: Divulgação/TED
Bill Gates doou grande parte do patrimônio, mas segue entre os mais ricos do mundo. Foto: Divulgação/TED

A unidade de nuvem da Microsoft pode não ter se destacado em seus resultados trimestrais, mas Wall Street está ficando cada vez mais entusiasmada com sua oportunidade de crescimento nesse tipo de serviço.

A gigante da tecnologia superou as expectativas de lucro, impulsionada por um forte desempenho de sua plataforma de nuvem Azure. As ações subiram perto 8% nas negociações de pré-mercado na Nasdaq.

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Os analistas notaram sinais encorajadores de que seus serviços de inteligência artificial – após seu investimento na OpenAI – estavam começando a ter um impacto na participação de mercado e no desempenho. Isso se somava à capacidade da empresa de ignorar as preocupações macroeconômicas.

A expectativa é de que a receita do Azure cresça entre 26% e 27% no trimestre atual. Significativamente, isso inclui aproximadamente um ponto percentual dos serviços de inteligência artificial, disse a diretora financeira Amy Hood na teleconferência de resultados da empresa.

O analista da D A Davidson, Gil Luria, disse que isso foi “altamente encorajador, considerando os estágios iniciais de adoção”, e ele aumentou seu preço-alvo para as ações da Microsoft de US$ 325 para US$ 350.

“Dada a vantagem significativa que a OpenAI tem sobre outros mecanismos de inteligência artificial generativa e a Microsoft sobre seus concorrentes hiperescaladores, acreditamos que o Azure pode ganhar participação à medida que a inteligência artificial generativa continua a proliferar em muitos outros cantos do software e da economia”, acrescentou.

O serviço Azure OpenAI agora tem 2,5 mil clientes, incluindo Shell e Mercedes-Benz, um aumento de dez vezes no último trimestre, disse o diretor-presidente Satya Nadella. O mecanismo de busca Bing da empresa, que recentemente incorporou o ChatGPT da OpenAI, também está crescendo em participação de mercado.

“Os movimentos propositais de inteligência artificial da Microsoft deixaram os concorrentes enfrentando desafios para responder”, disse Timothy Horan, analista da Oppenheimer. A empresa parece “estruturalmente vantajosa” para a próxima onda de computação, com seu Azure, OpenAI e Windows, acrescentou. Ele elevou o preço-alvo da ação para US$ 330, de US$ 310, reiterando sua recomendação de compra.

Os analistas da RBC Capital Markets também elevaram seu preço-alvo para US$ 350, de US$ 285 após os resultados. Eles disseram que o ponto percentual dos serviços de inteligência artificial incluídos na projeção do Azure “pode ser subestimado”.

“Recuando, enquanto o curto prazo continua sendo desafiado pelo macro, não exclusivo da Microsoft, um caminho claro para reacelerar a nuvem (e em geral) está se formando rapidamente com a inteligência artificial”, disseram eles.

Ação avança 7% em NY após resultados superarem expectativas

As ações da Microsoft avançam 7% nesta manhã em Nova York, cotadas a US$ 295,15. O movimento é impulsionado pelos resultados da companhia no trimestre encerrado em março.

A gigante do software reportou aumento de 7% na receita em relação ao ano anterior, para US$ 52,8 bilhões.

Este foi o segundo trimestre consecutivo abaixo da tendência de crescimento percentual de dois dígitos da empresa, mas o último trimestre e as perspectivas para o trimestre vigente superaram as expectativas dos analistas.

A empresa informou que espera que a receita do quarto trimestre fiscal, que se encerrá em junho, fique entre US$ 54,85 bilhões e US$ 55,85 bilhões, enquanto o consenso de analistas prevê uma receita de US$ 54,71 bilhões para o trimestre.

De janeiro a março, o lucro líquido da Microsoft aumentou 9%, totalizando US$ 18,3 bilhões. O resultado ficou acima das previsões de consenso do mercado.

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