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Ministério de Minas e Energia pede que Petrobras (PETR3;PETR4) suspenda venda de ativos por 90 dias
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou na tarde de terça-feira um comunicado ao presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, pedindo que a estatal suspenda a venda de ativos por 90 dias.
O motivo da suspensão de desinvestimentos da Petrobras pelo período, explica Silveira em nota, é a revisão da Política Energética Nacional e a instalação de novos membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Em resposta aos investidores, a Petrobras afirma que seu conselho de administração deve avaliar o requerimento.
MME: Petrobras deve suspender novas vendas de ativos
Em ofício, o ministro de Minas e Energia pede ao presidente da Petrobras que a companhia suspenda ainda “novos processos de desinvestimento”, além dos que já estejam em trâmite ou não concluídos, “desde que esta providência não coloque em risco os interesses intransponíveis” da estatal.
O ofício de Silveira ainda exige que a Petrobras envie documentos “pertinentes referentes aos processos de desinvestimento”, desde que o envio obedeça às regras de sigilo e regência de fornecimento de dados da estatal.
Em resposta ao ofício no comunicado aos investidores, a Petrobras diz que o conselho de administração deve analisar as vendas de ativos em curso para determinar “potenciais riscos jurídicos e econômicos decorrentes”.
PETR3 e PETR4 despencam na bolsa
O pedido de suspensão de venda de ativos somado à reoneração dos combustíveis e ao corte nos preços de gasolina e diesel nas refinarias levaram as ações da Petrobras a perderem valor nesta quarta-feira.
Até as 12h32 de hoje, as ações ON da Petrobras despencavam 3,69% com valor de R$ 27,82. Já as ações PN, até 12h35, caíam 2,97%, cotadas a R$ 24,49.
O novo imposto do governo sobre exportações de óleo e derivados também faz preço nas ações, dizem analistas de BTG, Citi e Credit Suisse.
A tarifa de 9,2% sobre as exportações de petróleo por quatro meses anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “efetivamente destruidora de valor para as empresas de produção e exploração — uma indústria que representa cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país”, dizem os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, do Credit Suisse.
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