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Moedas globais: dólar opera de lado ante rivais, em compasso de espera por CPI dos EUA
O dólar operou praticamente de lado ante moedas rivais nesta segunda-feira (12), oscilando próximo a estabilidade durante todo o pregão. Investidores se alinham para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA nesta terça-feira (14), em busca de sinais sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve (Fed).
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 149,40 ienes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,06%, a 104,170 pontos.
O dólar encerrou o dia praticamente estável ante outras divisas fortes. Em relatório, o ING projeta que o principal catalisador para a moeda americana nesta semana serão os dados de inflação ao consumidor dos EUA. Para o banco, o dólar enfrentará forte pressão de queda, caso os dados venham abaixo do esperado pelo mercado.
Possível avanço da inflação
Analistas consultados pelo Projeções Broadcast estimam que o CPI avançou 0,2% em janeiro ante o mês anterior e 2,9% na comparação anual, ambos representando uma desaceleração em relação a dezembro. Mais cedo, uma pesquisa do Fed de NY mostrou que consumidores americanos praticamente não alteraram expectativas de inflação para os próximos anos.
O Barclays lembra que os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) “estão céticos” de que há condições apropriadas para uma queda sustentada da inflação para a meta de 2%. Hoje, a diretora do Fed Michelle Bowman reforçou essa perspectiva ao afirmar que não considera “apropriado” cortar os juros em um futuro próximo.
Contudo, o Barclays pondera que, acima da reprecificação do mercado sobre os juros do Fed, a força da economia americana parece ser o maior catalisador para o dólar em 2024. “Ao mesmo tempo, carry trade elevado entre algumas emergentes e moedas onde bancos centrais permanecem hawkish podem ter uma performance superior neste ambiente”, apontou o banco, destacando o real brasileiro, peso mexicano e a libra esterlina, entre outras divisas.
Libra esterlina e euro
Ainda neste pregão, a libra caiu a US$ 1,2623, após o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmar que “qualquer recessão no Reino unido será superficial” e, portanto, não deve ser motivo de grande preocupação.
Já o euro caiu a US$ 1,0773, depois de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) sinalizaram a possibilidade de cortes de juros neste ano, embora nenhum deles tenha indicado com precisão qual o momento apropriado para o início do relaxamento.
Em entrevista ao Econostream Media, Pierre Wunsch disse que o BCE não vai esperar “um ano inteiro” para ter certeza absoluta sobre pressões salariais antes de cortar juros, argumentando que os riscos de reduzir as taxas ao invés de esperar não são grandes. Piero Cipollone também afirmou que não há necessidade de gerar mais espaço para controlar a inflação, em discurso ao Parlamento Europeu. Mais cauteloso, Pablo Hernández de Cos reforçou a dependência de dados e apontou que as projeções de março serão “cruciais” para decidir o momento apropriado para início dos cortes de juros.
Com informações do Estadão Conteúdo
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