Morning call: nova semana começa, mas momento segue desafiador para a bolsa

Confira o que de mais importante pode ocorrer hoje

Painel mostra desempenho das ações da bolsa - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo
Painel mostra desempenho das ações da bolsa - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo

O morning call destaca que o momento segue desafiador para o mercado de ações brasileiro.

Sem indicadores relevantes programados para esta segunda-feira (22), os agentes financeiros devem continuar avaliando as expectativas para os juros aqui e principalmente nos Estados Unidos.

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Dessa forma, as tensões entre Israel e Irã permanecerão no radar, com potenciais impactos nos preços do petróleo e também no câmbio.

Assim, na semana que passou, o Ibovespa, índice de referência da bolsa local, até testou uma recuperação. Na sexta-feira a bolsa de valores fechou em alta de 0,75% e se manteve acima dos 125 mil pontos.

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Depois de bater R$ 5,30, a moeda americana terminou o pregão da sexta-feira (19) cotada a R$ 5,1994, o que representou uma queda de 0,96%.

Morning call: o que vem pela frente

Então, os agentes esperam nos próximos dias o resultado do PIB dos Estados Unidos no 1º trimestre de 2024 e o IPCA-15 de abril no Brasil. O primeiro está previsto para a quinta (25) e o segundo para a sexta (26).

Neste meio tempo, as duas maiores empresas da bolsa brasileira têm agendas que devem mexer com os negócios.

Assim, a Vale (VALE3) revela o balanço do começo de 2024 na quarta (24).

E a Petrobras (PETR4), na quinta, tem reunião do conselho de administração que pode trazer novidades sobre os dividendos extraordinários, por ora retidos.

Dessa maneira, na cena externa, são esperados para os próximos dias os resultados de gigantes da bolsa americana: Microsoft (MSFT34), Meta (M1TA34), Alphabet (GOGL34) e Tesla (TSLA34).

Selic maior, juros americanos inalterados

Tanto o PIB dos Estados Unidos quanto a prévia da inflação no Brasil vão ajudar o mercado a calibrar as expectativas para as próximas decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) e Copom agora em maio.

Neste momento, as perspectivas pioraram na visão geral dos agentes.

Se lá fora o consenso é de que as taxas vão continuar no intervalo de 5,25% a 5,50% pelo menos até o encontro de julho, aqui entrou no radar a possibilidade de um corte menor da Selic já a partir da próxima reunião, de 0,50 para 0,25 ponto percentual.

Aliás, entre os participantes do mercado, a XP passou a adotar esta visão.

Logo, a plataforma de investimentos elevou de 9% para 10% a projeção da Selic terminal.

A nova projeção da XP leva em consideração o aumento de incertezas no cenário global, junto com o viés de expansão de gastos do governo Lula e o IPCA por mais tempo distante da meta de 3% ao longo do horizonte.

Simultaneamente, a casa jogou de julho para dezembro a expectativa do primeiro corte de juros nos Estados Unidos. Isso com base em uma economia americana ainda forte e uma dificuldade maior de o Fed derrubar a inflação no país para 2%.

Bolsas da Ásia se recuperam parcialmente, com alívio de tensões no Oriente Médio

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda, com parte delas se recuperando em meio a um alívio das tensões no Oriente Médio. As chinesas, porém, caíram após o banco central local mais uma vez deixar suas principais taxas de juros inalteradas.

O índice japonês Nikkei subiu 1% em Tóquio hoje, a 37.438,61 pontos, revertendo parte do tombo de mais de 2,5% de sexta-feira (19), quando surgiram notícias de que Israel havia lançado um pequeno ataque retaliatório a uma base aérea no Irã, sem causar danos significativos. A avaliação, no entanto, é a de que israelenses e iranianos não querem se envolver em um conflito de grande escala.

Em outras partes da Ásia, o dia também foi de recuperação, com alta de 1,77% do Hang Seng em Hong Kong, a 16.511,69 pontos, e ganho de 1,45% do sul-coreano Kospi em Seul, a 2.629,44 pontos.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após o BC do país, o PBoC, deixar seus juros principais intocados pelo segundo mês seguido, embora o Produto Interno Bruto (PIB) chinês tenha crescido bem mais do que o esperado no primeiro trimestre. O Xangai Composto recuou 0,67%, a 3.044,60 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,49%, a 1.678,26 pontos. Ações de petróleo e carvão lideraram as perdas nos negócios chineses.

Já em Taiwan, o Taiex cedeu 0,59%, a 19.411,22 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana voltou ao azul, após também ser pressionada pelas incertezas no Oriente Médio na sessão anterior. O S&P/ASX 200 avançou 1,08% em Sydney, a 7.649,20 pontos.

Como fecharam as bolsas nos Estados Unidos

Os principais índices acionários de Nova York tiveram comportamentos divergentes.

O Dow Jones teve apoio de empresas do setor financeiro e conseguiu se segurar no azul, mas os demais índices foram duramente penalizados pelo tombo de 10% da Nvidia.

No fechamento, o Dow Jones subiu 0,56%, aos 37.986,40 pontos, mas o S&P 500 perdeu 0,88%, aos 4.967,23 pontos; e o Nasdaq recuou 2,05%, aos 15.282,01 pontos.

S&P 500 e Nasdaq tiveram o sexto dia de queda consecutivo, maior sequência negativa desde outubro de 2022, de acordo com a CNBC. Na semana, o Dow Jones subiu 0,01%, enquanto S&P 500 baixou 3,05% e o Nasdaq cedeu 5,52%.

Foi a pior semana para o Nasdaq desde novembro de 2022.

Com informações do Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires

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